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Saúde dos olhos de alunos pede atenção na volta às aulas

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© Bruno Peres/Agência Brasil

Com a volta às aulas em muitas escolas do país, a saúde ocular dos estudantes torna-se um ponto importante no início do ano letivo. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), cerca de 20% das crianças em idade escolar enfrentam problemas de visão. As condições mais comuns nessa fase incluem miopia, hipermetropia e astigmatismo.

O oftalmologista Álvaro Dantas, em entrevista à Agência Brasil, aponta que dificuldades na aprendizagem ou falta de interesse em atividades escolares podem ser sinais de problemas nos olhos. Alterações visuais frequentes durante a infância, como estrabismo, podem interferir no aprendizado e até no desenvolvimento social dos alunos.

“Problemas oftalmológicos podem levar a dificuldades na absorção de conhecimentos em sala de aula. Uma criança que não enxerga adequadamente apresenta queda no rendimento escolar, falta de motivação e até dificuldade de concentração, o que pode ser interpretado como transtornos de aprendizado”, afirma Dantas.

O estrabismo, ou olho desviado, é um sintoma mais perceptível. Segundo Dantas, o diagnóstico precoce é essencial para evitar a ambliopia, também chamada de olho preguiçoso. Sem tratamento até os 8 anos, essa condição pode causar uma deficiência visual permanente em um dos olhos.

Dantas destaca que identificar sinais de problemas na visão é essencial. Sintomas como aproximação excessiva de cadernos ou telas, dores de cabeça frequentes, lacrimejamento, sensibilidade à luz ou esfregar os olhos constantemente merecem atenção dos pais e professores. Caso qualquer um desses sinais seja observado, é recomendado realizar uma consulta oftalmológica.

O profissional reforça que o ideal é que toda criança realize um exame oftalmológico ainda no primeiro ano de vida, pois condições como catarata, glaucoma e até o retinoblastoma, um tipo raro de câncer nos olhos, podem ser identificados precocemente. A partir da idade escolar, o acompanhamento deve ser anual, especialmente quando há histórico familiar de problemas visuais.

Na adolescência, as consultas podem ser feitas a cada dois anos, dependendo da recomendação médica. No entanto, para condições como miopia progressiva – cada vez mais presentes nas gerações atuais – exames periódicos são imprescindíveis. Dantas alerta que controlar a evolução da miopia com medidas específicas, óculos adequados ou colírios pode prevenir problemas futuros.

Por fim, o especialista enfatiza: “Crianças que enxergam bem têm maior desenvolvimento acadêmico e social. O acompanhamento oftalmológico é um investimento na qualidade de vida e no futuro desses jovens.”

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