Desafios no Atendimento ao Idoso na Atenção Primária

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    Imagem ilustrativa. (Foto: Reprodução/Canva Education)Mayra Simião – autora da pesquisa, e Fernanda Vidigal. – orientadora. (Fotos: Arquivo Pessoal)Registro feito na ocasião da defesa da dissertação de Mayra Simião.

    Uma pesquisa conduzida por acadêmicas da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG) destacou a necessidade de aprimorar o preparo de profissionais e gestores da Atenção Primária à Saúde (APS) quanto ao cuidado com idosos. O estudo integra a dissertação de mestrado de Mayra Marcela Ribeiro Simião, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Longevidade, sob orientação da professora Fernanda de Carvalho Vidigal.

    Mayra Simião, autora da pesquisa, e Fernanda Vidigal, orientadora. (Fotos: Arquivo Pessoal)

    De acordo com a UNIFAL-MG, o estudo utilizou um método para validar o Questionário Palmore-Neri-Cachioni de Conhecimentos Básicos sobre a Velhice e contou com um levantamento transversal envolvendo 115 profissionais e gestores. Os resultados mostraram que, embora as atitudes em relação aos idosos sejam majoritariamente positivas, o nível de conhecimento sobre o envelhecimento ainda apresenta lacunas significativas.

    Aspectos do envelhecimento e lacunas na formação

    A análise revelou que os profissionais apresentam maior domínio sobre os aspectos cognitivos do envelhecimento, enquanto os aspectos psicológicos demonstraram ser os menos conhecidos. O estudo também destacou que homens apresentaram maior conhecimento gerontológico geral, sobretudo em aspectos físicos, e que profissionais com vivência prévia com idosos obtiveram melhores resultados nos aspectos sociais do envelhecimento. A convivência com pessoas idosas foi identificada como um fator associado a atitudes mais positivas.

    Os pesquisadores enfatizaram a predominância de um modelo biomédico na formação dos profissionais da saúde, refletindo um foco mais amplo nos fatores biológicos do envelhecimento, em detrimento dos aspectos sociais e psicológicos. Segundo o estudo, há uma necessidade urgente de ampliação do debate sobre tais aspectos na formação acadêmica e na educação continuada.

    “Dessa forma, é essencial a realização de estudos representativos da população para confirmar e aprofundar os resultados encontrados. Esse tipo de pesquisa pode servir como um forte impulso para que instituições educacionais e órgãos como o Ministério da Educação e da Saúde se mobilizem em prol de mudanças curriculares”, destacaram as autoras Mayra Simião e Fernanda Vidigal.

    Além disso, segundo as pesquisadoras, os achados podem apoiar ações voltadas ao fortalecimento de atitudes positivas em relação ao envelhecimento e combate ao etarismo nos serviços de APS, bem como incentivar atividades intergeracionais e educação continuada.

    Registro feito na ocasião da defesa da dissertação de Mayra Simião.

    A pesquisa foi financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

    Para acessar o estudo na íntegra, clique neste link.

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