Zanin nega suspeição para julgar Bolsonaro por trama golpista
Em resposta à defesa do ex-presidente Bolsonaro, o ministro do STF, Cristiano Zanin, declarou que não vê motivos para ser considerado impedido de participar dos julgamentos relacionados aos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. Ele reforçou que sua atuação anterior como advogado não interferiria no caso.
Defesa de Bolsonaro insiste na suspeição
A equipe jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro entrou com pedidos no STF para que os ministros Zanin e Flávio Dino, ambos indicados por Lula, sejam impedidos de julgar as denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) relacionadas à suposta trama golpista.
Justificativas de Zanin
- O ministro afirmou que, como advogado, sempre manteve sua atuação no âmbito técnico.
- Zanin destacou que sua antiga atuação jurídica ocorreu apenas no âmbito eleitoral, sem qualquer relação com os ataques de 8 de janeiro de 2023.
- Ele ressaltou que participou de centenas de decisões sobre denúncias relacionadas à data, sem qualquer impedimento anteriormente sugerido.
STF sob pressão
A defesa do ex-presidente também solicitou que o plenário decida sobre qual colegiado deve julgar as acusações contra Bolsonaro — o pleno, com 11 ministros, ou as turmas, com 5 magistrados cada. A questão aumenta as tensões sobre como o tribunal lidará com casos de alta repercussão política.
Próximos passos
- O STF deve analisar os pedidos realizados pela defesa de Bolsonaro.
- Espera-se uma posição do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, tanto sobre os impedimentos quanto sobre o colegiado que conduzirá os julgamentos.
A situação mantém o caso Bolsonaro no centro das atenções jurídicas e políticas do país, fortalecendo o debate sobre independência do Poder Judiciário.