UNIFAL-MG participa de pesquisa sobre balanço de carbono no reservatório de Itaipu

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    A UNIFAL-MG faz parte de um projeto inovador sobre o balanço de carbono no reservatório da Usina de Itaipu. Esta iniciativa, que envolve a Itaipu Binacional, Itaipu Parquetec e universidades como UEM, UFJF, UNIFESP e UFABC, visa analisar as emissões de gases de efeito estufa, com foco no metano. O projeto, que representa um investimento de R$ 9 milhões, reúne 37 pesquisadores e 13 bolsistas.

    O principal objetivo é mensurar o potencial de emissão desses gases, com ênfase nos processos microbianos responsáveis pela produção e consumo de metano. Segundo Gunther Brucha, coordenador do grupo de microbiologia da UNIFAL-MG, a pesquisa aborda duas áreas principais: a determinação do estoque de carbono, coordenada por Roger Paulo Mormul (UEM) e Nathan Oliveira Barros (UFJF), e os estudos de microbiologia e biotecnologia, liderados pela UNIFAL-MG.

    Pesquisadores da UNIFAL-MG, UFABC e UNIFESP participam do grupo de microbiologia. A Itaipu Binacional e o Itaipu Parquetec são responsáveis pela gestão e financiamento geral do projeto, além de colaborar nas atividades de campo. De acordo com o Jornal UNIFAL-MG, a pesquisa também se destaca por seu enfoque no metano como um gás de efeito estufa, que é 28 vezes mais impactante no aquecimento global que o CO₂.

    Sobre o metano e a pesquisa microbiana

    O professor Gunther Brucha salienta que os microrganismos metanotróficos desempenham um papel crucial no equilíbrio ambiental, pois consomem metano, oferecendo uma alternativa na contenção das mudanças climáticas. Estima-se que até 90% do metano no fundo de reservatórios possa ser consumido por esses microrganismos. O projeto também explora novos processos anaeróbios de consumo de metano, que utilizam diferentes aceitadores de elétrons como nitrito e sulfato.

    A pesquisa pretende identificar microrganismos que desempenham papel significativo na redução de metano e explorar seu potencial em reatores biológicos. A UNIFAL-MG coordena os ensaios de enriquecimento metanotróficos e a operação dos reatores no Laboratório Biomea. Esta iniciativa permite modelar detalhadamente a relação entre produção e consumo de GEE, oferecendo soluções mais precisas na gestão de reservatórios.

    As atividades de coleta ocorrem bianualmente em cinco pontos do reservatório, onde se avaliam vários parâmetros de qualidade da água e do metano. Este projeto inédito visa não apenas aprimorar a gestão ambiental das hidrelétricas, mas também contribuir significativamente para o combate às mudanças climáticas globais.

    Para mais detalhes, visite: Itaipu Binacional.

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