O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou cortes significativos na Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês). O governo pretende reduzir cerca de 65% do total de funcionários da agência, que atualmente conta com mais de 17 mil servidores. Essa medida faz parte de um plano maior de reestruturação do governo, que também busca eliminar funções duplicadas e implementar processos automatizados.
Segundo Trump, essas alterações visam otimizar os recursos federais, mas especialistas alertam para possíveis impactos negativos nas políticas ambientais. A EPA desempenha um papel crucial no combate às mudanças climáticas, e cortes substanciais na equipe podem enfraquecer a capacidade do órgão de implementar políticas ambientais eficazes.
Impactos no Meio Ambiente
O plano de cortes surge após uma série de ações do governo Trump para enfraquecer medidas de proteção ao meio ambiente. Além da redução de orçamento da EPA, o governo tem pressionado para cancelar financiamentos a projetos de energia limpa e remover a participação de cientistas americanos em painéis climáticos.
A medida reflete a visão do governo republicano sobre mudanças climáticas e políticas ambientais, e foi anunciada no mesmo dia em que agências federais receberam instruções para reorganizar suas estruturas e identificar funções desnecessárias. O foco central é reduzir a força de trabalho federal e buscar a “eficiência governamental”.
Cortes no Orçamento e Prioridades
Outro objetivo dessa reestruturação é alinhar o orçamento às prioridades do governo, incluindo o aumento de investimentos em setores como petróleo, gás e outros combustíveis fósseis. A decisão de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris já havia sinalizado a direção das políticas climáticas do governo Trump.
Para analistas, os cortes na EPA podem enfraquecer os esforços globais para frear os impactos climáticos, já que os Estados Unidos são um dos principais emissores de gases de efeito estufa.
O que está por vir?
Os escopos das mudanças devem ser detalhados em um plano formal, previsto para ser divulgado em 13 de março. Até lá, a comunidade científica e ambientalista seguirá acompanhando de perto os impactos de tais medidas na luta contra as mudanças climáticas.