[{“paragrafo”:”Autismo leve ou autismo de alta funcionalidade são expressões populares associadas à antiga síndrome de Asperger. Desde 2013, essa nomenclatura deixou de ser usada oficialmente. Pessoas diagnosticadas com Asperger passaram a se enquadrar no transtorno do espectro autista (TEA), como autistas nível 1 de suporte. Essa mudança permite uma abordagem mais inclusiva e individualizada.”},{“paragrafo”:”Segundo o psicólogo Leandro Cunha, a síndrome de Asperger era caracterizada por dificuldades de interação social, comportamentos repetitivos e interesses restritos, os chamados hiperfocos. Apesar da ausência de separação formal, essas características continuam sendo consideradas no diagnóstico de TEA, enfatizando a variabilidade do espectro.”},{“paragrafo”:”A decisão de abandonar a nomenclatura ocorreu com a quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), em 2013, e com a adoção da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) em 2022. Ambas unificaram o autismo clássico e a síndrome de Asperger como parte de um mesmo espectro.”},{“paragrafo”:”Para o estudante de psicologia Leonardo Sampaio, diagnosticado autista nível 1 de suporte, a mudança foi positiva. Segundo ele, revisões na nomenclatura evitam hierarquizações e reforçam a inclusão. A desvinculação do nome ‘Asperger’, ligado à figura do médico Hans Asperger e seu apoio ao regime nazista, também é uma ação relevante historicamente.”},{“paragrafo”:”Ana Karoline Freitas, diagnosticada tardiamente com TEA aos 19 anos, destaca como a mudança impactou na sua percepção pessoal. Para ela, a eliminação de distinções como a síndrome de Asperger contribui para reforçar que todo diagnóstico requer suporte e respeito, independentemente do grau de suporte ou histórico de nomeações.”},{“paragrafo”:”Profissionais de saúde, como a psicóloga Sílvia Oliveira, afirmam que a nova classificação traz abordagem mais flexível e menos excludente. Ela elimina barreiras artificiais, promovendo diagnóstico eficaz e acesso a tratamentos adequados. Assim, o reconhecimento do TEA como um espectro contínuo beneficia pacientes e promove maior inclusão social.”}]