Sete dos oito ex-presidentes pós-ditadura já foram denunciados, incluindo Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro se junta a outros ex-presidentes que foram denunciados por crimes desde a redemocratização do Brasil. A PGR (Procuradoria-Geral da República) o acusou formalmente de liderar uma tentativa de golpe de Estado em 2022, além de outros crimes como organização criminosa armada e abolição violenta do Estado democrático de Direito.
Ex-presidentes denunciados
Além de Bolsonaro, outros sete ex-presidentes enfrentaram acusações judiciais ao longo das últimas décadas:
- José Sarney: Envolvido em denúncias relacionadas à gestão da Transpetro, subsidiária da Petrobras. Os casos foram arquivados.
- Fernando Collor: Condenado pelo STF por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em 2023, com pena de mais de oito anos de prisão.
- Lula: Réu em ações da Lava Jato, condenado no caso do tríplex do Guarujá, mas as sentenças foram anuladas pelo STF.
- Dilma Rousseff: Acusada no “quadrilhão do PT” junto com Lula, mas ambos foram absolvidos.
- Michel Temer: Enfrentou denúncias ainda durante o mandato, inclusive sobre corrupção envolvendo a Eletronuclear. Foi preso preventivamente em 2019, mas não houve condenações.
- Itamar Franco: Acusado de ofensas a FHC enquanto governador de Minas Gerais. O caso foi arquivado por prescrição.
- Fernando Henrique Cardoso: Implicado em esquemas de recebimento de vantagens ilícitas, mas sem denúncias formais.
Impactos na política brasileira
As acusações recorrentes contra ex-presidentes mostram como o cenário político brasileiro é marcado por crises institucionais e judiciais. Apesar das múltiplas denúncias, muitos processos terminam arquivados ou anulados, gerando um ciclo de acusações sem consequências práticas para alguns líderes.
A evolução das acusações
Diferentes fases da política nacional, como a Operação Lava Jato, intensificaram a exposição de escândalos envolvendo a elite política, ao mesmo tempo em que suscitaram críticas sobre supostos excessos judiciais e desgastes institucionais.
Bolsonaro, agora denunciado após deixar o cargo, simboliza mais um capítulo dessa história de denúncias, reforçando o debate sobre ética e responsabilidade pública no Brasil.