Lula busca ampliar opções de pagamento no Brics frente ao protecionismo global

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    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) • TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou nesta quarta-feira (26) a importância de ampliar as trocas comerciais e fomentar novas opções de pagamento entre os países membros do Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – como resposta ao aumento do protecionismo no comércio internacional. Essas medidas, segundo Lula, visam reduzir custos e vulnerabilidades econômicas no bloco.

    Durante a primeira reunião de sherpas, negociadores responsáveis por traçar as diretrizes do grupo, o presidente reforçou que o fortalecimento do sistema monetário e financeiro internacional segue como uma das prioridades da presidência brasileira no bloco em 2024.

    Uma alternativa explorada é o uso de moedas locais nas transações comerciais entre os países do Brics. Esse modelo é inspirado no Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML) do Mercosul, que já facilita transações bilaterais entre Brasil e Argentina. Lula também tem reiterado essa posição desde a Cúpula do Brics de 2023 em Joanesburgo, África do Sul.

    Impactos do protecionismo e reações internacionais

    A política protecionista implementada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou os alertas sobre as vulnerabilidades das economias fora do eixo do dólar. Em resposta às discussões sobre a possível “desdolarização” entre os países do Brics, Trump ameaçou impor tarifas comerciais de até 100% aos membros do bloco.

    A próxima etapa das atividades do grupo será a preparação para a Cúpula de Chefes de Estado, marcada para 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro. Durante a presidência brasileira, as outras prioridades incluem a adoção de práticas que fortaleçam laços diplomáticos e econômicos, além de fortalecer a representatividade do Brics no cenário global.

    Sob supervisão de Mayara da Paz; reportagem original por Gabriela Boechat, da CNN, em Brasília.

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