Policial civil preso suspeito de lavar dinheiro do PCC com fintech

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    Cyllas Elia Junior, preso nesta terça-feira (25). • Reprodução/Redes sociais

    Policial civil preso suspeito de lavar dinheiro do PCC com fintech

    O policial civil Cyllas Salerno Elia Junior foi novamente preso durante a Operação Hydra, realizada nesta terça-feira (25), suspeito de integrar um esquema de lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC) por meio de fintechs. A operação é liderada pela Polícia Federal (PF) e pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de São Paulo.

    Cyllas Elia Junior, que se apresenta nas redes sociais como CEO da fintech 2GO Bank, é acusado de utilizar a instituição financeira e outra fintech, a InvBank, para ocultar recursos ilegais provenientes do tráfico de drogas e de outras atividades criminosas. As empresas movimentavam os valores por meio de mecanismos sofisticados e transferiam recursos para contas de “laranjas”, cujos reais beneficiários eram, segundo os investigadores, integrantes do PCC.

    Detalhes da operação

    A Operação Hydra cumpriu um mandado de prisão e dez de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Santo André e São Bernardo do Campo. A Justiça também determinou o bloqueio de valores em oito contas bancárias e a suspensão temporária das atividades econômicas das fintechs envolvidas. Segundo as autoridades, a operação é um desdobramento da delação do empresário Vinícius Gritzbach, assassinado em novembro de 2024 no Aeroporto de Guarulhos, que havia apontado Elia Junior como sócio de outras figuras ligadas ao PCC, como Rafael Maeda (conhecido como “Japa”) e Anselmo Santa Fausta (“Cara Preta”), ambos já mortos.

    Repercussão e defesa

    Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que Cyllas Elia Junior já havia sido afastado de suas funções na Polícia Civil em dezembro de 2022. Procuradas pela imprensa, as fintechs 2GO Bank e InvBank não se manifestaram sobre as acusações.

    No Instagram, Cyllas Junior promovia parcerias de sua fintech com eventos e clubes esportivos, assim como registros pessoais. Contudo, a investigação apontou que, nos bastidores, a instituição teria realizado movimentações financeiras com o objetivo de ocultar a origem ilícita dos depósitos.

    Implicações do caso

    Este caso destaca como organizações criminosas, como o PCC, continuam a explorar ferramentas financeiras modernas, como fintechs, para lavar recursos ilícitos. A operação marca mais um grande esforço conjunto da Polícia Federal e do Ministério Público para combater o crime organizado no país.

    A população aguarda o avanço das investigações e a repercussão judicial da prisão de Cyllas Salerno Elia Junior e das medidas tomadas contra as fintechs envolvidas.

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