Assembleia Geral da ONU adota resoluções sobre a guerra na Ucrânia em votação histórica. Nesta segunda-feira (24), a Assembleia Geral das Nações Unidas, composta por 193 Estados-membros, aprovou duas resoluções distintas relacionadas à guerra na Ucrânia, marcando o terceiro aniversário da invasão russa. Uma das resoluções, apresentada pela Ucrânia em parceria com países da União Europeia (UE), recebeu o voto favorável de 93 Estados, 18 votos contrários e 65 abstenções. Já a proposta dos Estados Unidos obteve o mesmo número de votos favoráveis (93), mas registrou 8 votos contrários e 73 abstenções.
A resolução de Kiev e seus aliados reafirma a necessidade de uma solução pacífica para o conflito, enquadrando a invasão russa à Ucrânia como violação dos princípios da ONU. Por sua vez, o documento dos EUA reforça a intenção de seguir com sanções contra a Rússia caso não haja avanços diplomáticos.
A votação reflete as divisões da comunidade internacional em relação à guerra e demonstra diferentes abordagens em como lidar com a crise. A Assembleia Geral é um dos poucos fóruns globais onde cada país tem direito a um voto igual, sendo essencial na definição de posicionamentos diplomáticos.
Contexto e Impactos
O avanço das resoluções tem como objetivo aumentar a pressão internacional sobre a Rússia, ampliando o isolamento do país em organismos internacionais. Apesar de não serem vinculativas, essas resoluções enviam mensagens políticas importantes, tanto para os países diretamente envolvidos quanto para o resto do mundo.
Já marcado por intensos debates, o terceiro aniversário da invasão ganha novos contornos com essas ações diplomáticas. A aprovação das propostas deixa evidente o apoio significativo que Kiev continua recebendo de seus aliados, enquanto as abstenções e votos contrários refletem tensões e interesses divergentes, principalmente de países como China, Índia e nações africanas.