Motorista e empresa indiciados por mortes em acidente na BR-116, Teófilo Otoni

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    1 de 2 Ônibus pegou fogo após colidir contra carreta — Foto: Corpo de Bombeiros 2 de 2 Ônibus pegou fogo após colidir contra carreta — Foto: Corpo de Bombeiros MG/Divulgação

    Motorista e empresa são indiciados por grave acidente na BR-116

    Após um intenso trabalho da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o inquérito do trágico acidente que deixou 39 mortos na BR-116, em Teófilo Otoni, foi concluído. O caminhoneiro Arilton Bastos Alves e a empresa responsável pelo transporte foram indiciados por graves irregularidades.

    Motorista sob efeito de drogas e irregularidades na carga

    As investigações apontaram que o condutor estava sob efeito de drogas, como cocaína e ecstasy, e conduzia o veículo em alta velocidade. A empresa transportadora também foi responsabilizada por fraudar documentos relacionados ao peso dos blocos de quartzito carregados na carreta, que excediam o limite permitido pela lei, contribuindo para o acidente.

    Graves violações e homicídio doloso

    Os investigadores entenderam que o motorista cometeu homicídio doloso — quando há intenção de matar —, já que ele conscientemente infringiu normas e assumiu o risco ao dirigir em tais condições. Durante seu depoimento, um comportamento frio e sem arrependimento foi registrado, segundo relato da PCMG.

    Reconstituição do acidente e suas consequências

    O acidente ocorreu nas primeiras horas da madrugada de 21 de dezembro de 2024, quando a carreta bateu em um ônibus de turismo que transportava 45 pessoas e, posteriormente, em um carro de passeio. Um grande bloco de quartzito se desprendeu da carreta, atingiu o ônibus e deu início a um incêndio devastador que carbonizou a maioria das vítimas.

    Uma tragédia sem precedentes

    Fabiano Santana, agente da Polícia Rodoviária Federal, classificou o acidente como “uma tragédia sem precedentes para a região”, sendo considerado o maior desastre em rodovias federais brasileiras desde 2007. O ônibus, que fazia o trajeto de São Paulo à Bahia, pertencia à empresa EMTRAM.

    Decisão do Ministério Público

    Agora, o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público de Minas Gerais, que decidirá o futuro judicial do proprietário da transportadora. Decisões incluem a possibilidade de prisão ou aplicação de outras penalidades aos envolvidos.

    O caso, marcado por imprudência e desrespeito à legislação, serve como alerta para empresas e motoristas sobre a importância de seguir regras para prevenir tragédias como esta.

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