O Governo de Minas Gerais anunciou a expansão do Teste do Pezinho, que agora detecta 60 doenças. Esta ação foi formalmente apresentada pelo governador Romeu Zema e o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, no dia 30 de abril. A expansão representa um marco na saúde infantil, ampliando o diagnóstico precoce e tratamento de inúmeras doenças.
De acordo com o Governo do Estado, o Teste do Pezinho, que está em evolução desde 1994, identifica doenças raras de diferentes naturezas nos primeiros dias de vida dos bebês. Inicialmente, o programa abordava apenas a triagem para fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito. Ao longo dos anos, incorporou outras doenças, como a anemia falciforme em 1998, ampliando o alcance do diagnóstico e tratamento.
A expansão começou com a inclusão de novas doenças a partir de 2022, aliada a investimentos na qualificação do atendimento e infraestrutura logística. Em 2024, a triagem foi ampliada para 23 doenças e, em fevereiro de 2025, mais 25 condições foram incluídas. Com a adição de mais 12 doenças em abril, o teste agora abrange 60 condições.
Retratando o aspecto do cuidado integral, todas as crianças diagnosticadas recebem encaminhamento imediato para tratamento em centros de referência localizados em Minas Gerais. Notáveis por sua contribuição, instituições como o Hospital João Paulo II, o Hospital das Clínicas da UFMG e o Hospital Universitário da UFJF desempenham papel fundamental no atendimento às doenças raras.
A expansão do Teste do Pezinho também envolve a inclusão de novos centros de saúde, como o Hospital Universitário Clemente de Faria e diversos hospitais universitários federais. A utilização de teleconsultas amplia o alcance do tratamento, permitindo atendimento até mesmo em regiões mais distantes de Minas Gerais.
Acesso e Infraestrutura
O exame está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todos os municípios do estado. O procedimento é realizado entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê. Atualmente, Minas Gerais conta com 4.109 postos de coleta em operação, sendo 4.014 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 95 maternidades especializadas.
Os resultados das amostras coletadas são analisados pelo Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad), da UFMG. Este processo assegura agilidade na detecção e início do tratamento para crianças diagnosticadas.
Com um investimento anual estimado em R$ 64 milhões, a ampliação do Teste do Pezinho consolida-se como um avanço significativo na atenção à saúde neonatal, prevenindo complicações graves, promovendo mais saúde para as crianças e reduzindo futuros impactos sobre as famílias e o sistema de saúde.