Justiça de Minas Gerais aceita denúncia contra Danilo Costa, médico acusado de abusos sexuais
O mastologista Danilo Costa, de 46 anos, se tornou réu na Justiça de Minas Gerais. Ele é acusado de crimes contra a dignidade sexual cometidos ao longo de 12 anos contra pacientes em tratamento de câncer e funcionárias de um hospital público de Itabira, na Região Central do estado. A denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) foi aceita pela juíza Dayane Rey da Silva, da 1ª Vara Criminal de Itabira, nesta terça-feira (25).
Abusos relatados e novas investigações
De acordo com o Ministério Público, as condutas descritas contra Danilo Costa incluem estupro, importunação sexual, violação sexual mediante fraude e assédio sexual. Ao menos 15 mulheres foram ouvidas durante as investigações, embora haja a suspeita de que outras vítimas existam. Em alguns casos, os crimes já prescreveram e não puderam ser incluídos na atual denúncia.
Os abusos eram realizados principalmente nas dependências do Hospital Nossa Senhora das Dores, em Itabira, e no consultório particular do médico, localizado na Clínica Medcenter. Relatos também apontam para casos semelhantes em outras cidades da região, como São Gonçalo do Rio Abaixo, Barão de Cocais e Belo Horizonte.
Reações das partes envolvidas
Danilo Costa foi preso no último dia 4 deste mês, e a Polícia Civil, após indiciá-lo, instaurou um novo inquérito para apurar outras denúncias. A defesa do médico afirmou que aguarda ser formalmente intimada para se manifestar. Já o Ministério Público abriu uma investigação paralela para apurar se o Hospital Nossa Senhora das Dores foi negligente ou conivente com os crimes cometidos durante os anos em que o médico atuou na instituição.
Contexto e próximos passos
Os relatos das vítimas detalham os abusos sofridos, como estupros cometidos durante consultas médicas e agressões sexuais. Em um dos casos, uma funcionária do hospital solicitou demissão após ser assediada. Além de crimes no hospital, Danilo Costa também é acusado de abusos em suas consultas particulares, segundo depoimentos anexados ao inquérito.
Enquanto o processo avança na esfera judicial, o caso continua gerando repercussão, com o agravante de que algumas vítimas estavam em situação de extrema vulnerabilidade, enfrentando o tratamento contra o câncer.
O g1 Minas aguarda retorno do Hospital Nossa Senhora das Dores para comentar o envolvimento da unidade no caso.