Governo Trump imporá novas regras que restringem imprensa na Casa Branca

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    A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, durante entrevista coletiva - Jim Watson/25.fev.25/AFP Donald Trump toma posse como presidente dos Estados Unidos

    O governo Trump anunciou novas regras que alteram o acesso da imprensa à Casa Branca, impactando o rodízio de jornalistas que acompanham a presidência dos Estados Unidos. A decisão, divulgada nesta terça-feira (25), rompe décadas de precedentes, permitindo que o Executivo escolha quem poderá participar da cobertura diária, substituindo o processo anteriormente gerenciado pela Associação de Correspondentes da Casa Branca.

    De acordo com a Casa Branca, o objetivo é dar espaço a novos veículos de comunicação, como blogs e serviços de streaming, visando, segundo a secretária de Imprensa Karoline Leavitt, “devolver o poder ao povo americano”. Essa mudança, porém, tem gerado críticas de meios de comunicação tradicionais, que enxergam na medida um ataque à independência da imprensa.

    Impactos na Cobertura Jornalística

    O rodízio de 13 jornalistas que diariamente acompanham o presidente em eventos restritos, como reuniões no Salão Oval ou viagens no Air Force One, será diretamente afetado. Grandes agências como Reuters e Associated Press, que até então sempre contavam com representação no grupo, poderão perder esse espaço.

    Entidades jornalísticas temem que a seleção pelo governo seja tendenciosa, privilegiando veículos alinhados com as posições da administração. A Associação de Correspondentes declarou que a medida “compromete a liberdade de imprensa nos EUA”, pois líderes não deveriam determinar quais jornalistas podem cobri-los.

    Repercussões Internacionais

    A Associated Press se posicionou recentemente ao processar o governo Trump por restringir o acesso de seus jornalistas ao Salão Oval. A justificativa da Casa Branca, nesse caso, foi um desentendimento com o nome oficial do Golfo do México, que a agência se recusou a alterar em seu manual de redação, apesar de um decreto presidencial para renomear a região como “Golfo da América”. A AP defendeu sua decisão, citando a necessidade de padrões jornalísticos globais que garantam reconhecimento em diferentes países.

    O Futuro da Liberdade de Imprensa

    Especialistas apontam que as novas regras refletem o crescente embate de governos autoritários contra veículos tradicionais de imprensa. A expansão de espaços para “novas vozes”, incluindo veículos ligados à administração Trump, reforça preocupações sobre transparência e imparcialidade na cobertura presidencial.

    Essa mudança também ressalta a urgência de manter mecanismos que promovam equilíbrio e diversidade dentro do jornalismo, em defesa do direito de acesso à informação e da liberdade de expressão, pilares indispensáveis de uma democracia saudável.

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