Exercício físico reduz risco de depressão e doenças, afirma estudo

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    Atividade física pode ajudar em doenças neuropsiquiátricas, como a depressão • Freepik

    Uma nova pesquisa envolvendo mais de 73 mil adultos revelou que o exercício físico regular, independentemente de sua intensidade, pode desempenhar um papel crucial na proteção contra condições como ansiedade, depressão e demência. O estudo reforça a importância de um estilo de vida ativo para a promoção da saúde mental.

    A relação entre exercício e saúde mental

    O Dr. Jia-Yi Wu, principal autor do estudo e pesquisador do Hospital Huashan da Universidade Fudan, na China, enfatizou que o movimento regular traz benefícios para o cérebro, independentemente do nível de intensidade da atividade. Pesquisadores analisaram dados obtidos por acelerômetros de mais de 73 mil indivíduos com média de idade de 56 anos, e as conclusões serão apresentadas na próxima reunião da Academia Americana de Neurologia.

    Embora os dados sejam preliminares, os especialistas destacam que o grande tamanho da amostra e a confiabilidade dos dados conferem robustez à pesquisa. Segundo o Dr. Scott Russo, referência no Centro de Pesquisa do Cérebro e Corpo da Escola de Medicina Icahn no Mount Sinai, em Nova York, há evidências claras da conexão entre exercício e saúde mental. Ele acrescentou que o exercício pode ser tão eficaz quanto medicamentos no tratamento de alguns casos de depressão.

    Exercício como tratamento para subtipos específicos de depressão

    Pesquisadores estão começando a considerar a depressão como uma coleção de subtipos com causas variadas. Um subtipo específico, conhecido como imunometabólico, está relacionado a inflamações e alterações metabólicas. O exercício age nesses casos ao ajudar a regular funções metabólicas e reduzir processos inflamatórios. Esse efeito pode ser particularmente eficaz para tratar pessoas que se enquadram nesse perfil.

    Todas as atividades físicas contam

    Uma das mensagens principais do estudo é que qualquer aumento na atividade física, seja ela leve, moderada ou intensa, pode trazer benefícios significativos. Dr. Wu apontou que mesmo movimentos diários, como caminhar ou jardinar, ajudam consideravelmente na proteção da saúde cerebral. A prática regular pode ainda ser incentivada por dispositivos de monitoramento de atividade, que ajudam as pessoas a acompanharem seu progresso.

    De acordo com Diretrizes de Atividade Física, adultos devem realizar pelo menos 150 minutos de atividade moderada por semana, além de dois dias voltados para fortalecimento muscular. Estratégias simples, como estabelecer metas diárias, também podem colaborar para maior engajamento com exercícios físicos.

    Transformando saúde com tecnologia

    O uso de tecnologias digitais, como apps e dispositivos vestíveis, tem ajudado a aumentar a adesão à prática de exercícios. Segundo Russo, que utiliza um monitor pessoal diariamente, estas ferramentas permitem que as pessoas sejam mais intencionais com seus comportamentos, incentivando hábitos consistentes e o cumprimento de metas de movimento diário.

    Avançar para se tornar uma sociedade mais saudável requer esforços conscientes e políticas que estimulem hábitos de vida mais ativos. O estudo deixa claro: pequenos ajustes no dia a dia, como reduzir o tempo sentado e adicionar movimento, podem fazer grande diferença na saúde mental e física ao longo do tempo.

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