Defensoria processa dentista por surto de bactérias em BH e pede bloqueio de R$ 2,5 mi

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    A Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) moveu uma ação civil pública contra os proprietários da Clínica Odontológica Dra. Camilla Groppo, com sede em Belo Horizonte. Eles são apontados como responsáveis por um surto de micobactéria que afetou um grupo de pacientes após procedimentos estéticos realizados na clínica. A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) identificou, até o momento, 24 vítimas que sofreram infecções graves, incluindo danos morais, materiais e estéticos.

    De acordo com informações de O Tempo, a Defensoria teve conhecimento do caso após atender um grupo de mulheres que passaram por lipoaspiração mecânica de papada e bichectomia entre o fim de 2023 e o início de 2024. As pacientes foram atraídas por campanhas publicitárias nas redes sociais, que anunciavam a dentista como especialista em procedimentos rápidos e seguros, mas as práticas da clínica foram contestadas pela falta de segurança sanitária.

    Os relatos colhidos pela DPMG revelam irregularidades como a ausência de avaliações prévias nos atendimentos, a omissão de riscos associados aos procedimentos e falhas na segurança sanitária. Além disso, inspeções da Vigilância Sanitária e depoimentos no inquérito policial ressaltaram a falta de itens básicos de higiene e inadequações na esterilização dos instrumentos cirúrgicos.

    Medidas Jurídicas e Impactos

    A ação movida pela DPMG solicita o bloqueio dos bens dos proprietários da clínica. O valor pedido é de no mínimo dois milhões e quinhentos mil reais, com a finalidade de garantir o ressarcimento pelos danos causados aos pacientes. A Defensoria também busca indenização por danos morais coletivos, avaliada em pelo menos quinhentos mil reais, e pede a condenação dos responsáveis por danos morais, materiais e estéticos adicionais.

    Segundo a Defensoria, os lucros obtidos pela clínica por meio de ações ilícitas não apenas prejudicaram diretamente as vítimas, mas também representaram um perigo à sociedade em geral, devido à disseminação do surto infeccioso. Esse fenômeno gerou custos adicionais ao sistema público de saúde, sendo parte das razões para o pedido judicial de compensação financeira.

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