Suspeitos de matar jovem seguirão presos por tempo indeterminado

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    1 de 3 Thiago Schafer Sampaio (esq) e Lucas Rodrigues Pimentel (dir), suspeitos da morte de Clara Maria, em Belo Horizonte. — Foto: Polícia Civil de Minas Gerais 2 de 3 Clara Maria, uma jovem de 21 anos, teve seu corpo encontrado em Belo Horizonte na quarta (12). — Foto: Reprodução/Redes sociais 3 de 3 Clara Maria, uma jovem de 21 anos, teve seu corpo encontrado em Belo Horizonte na quarta (12). — Foto: Reprodução/Redes sociais

    A Justiça de Minas Gerais determinou a conversão da prisão em flagrante para preventiva de Thiago Schafer Sampaio e Lucas Rodrigues Pimentel, suspeitos do assassinato da jovem Clara Maria Venancio Rodrigues, de 21 anos. O corpo da vítima foi localizado na última quarta-feira (12), enterrado e coberto por concreto, em um imóvel no bairro Ouro Preto, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. Segundo a Polícia Civil, o crime foi resultado de uma emboscada planejada.

    De acordo com informações do g1, a decisão foi assinada pela juíza Alessandra de Souza Nascimento Gregório, que justificou a medida pela gravidade dos atos, destacando a necessidade de manter a ordem pública. Com a conversão, os acusados ficarão detidos por tempo indeterminado, o que também busca evitar interferências no andamento das investigações.

    Thiago e Lucas estão custodiados no Ceresp Gameleira, na Região Oeste de Belo Horizonte. A Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais informou que ambos foram colocados em celas separadas para evitar qualquer tipo de contato. Já a Defensoria Pública do estado assumiu a defesa dos suspeitos, mas não se posicionou até o momento.

    Detalhes do crime e investigações

    Clara Maria, que estava desaparecida desde o último domingo (9), foi atraída até a casa de Thiago sob a alegação de que receberia R$ 400 emprestados ao ex-colega de trabalho. Segundo a Polícia Civil, a jovem foi assassinada no local, sendo submetida a um “mata-leão” aplicado por Thiago, com apoio de Lucas. Em seguida, os suspeitos ocultaram o corpo, cobrindo-o com entulhos de construção e concreto ainda fresco.

    A polícia ainda apura a possibilidade de necrofilia, levantada a partir de depoimentos e falas dos investigados. De acordo com o delegado Alexandre Oliveira da Fonseca, a investigação revelou que o corpo da vítima permaneceu despido no local do crime até o dia seguinte, o que reforça essa linha de apuração.

    Outro ponto apurado pela Polícia Civil envolve os possíveis motivos que teriam levado os suspeitos a cometer a ação. Thiago, além de ter tido um sentimento amoroso não correspondido pela vítima no passado, teria ficado incomodado ao vê-la com o namorado em um bar dias antes do homicídio. Já Lucas teria agido com ressentimento após Clara interferir em uma conversa em que ele fazia apologia ao nazismo.

    Prisão e desdobramentos

    Além de Thiago e Lucas, um terceiro homem, identificado como Kennedy Marcelo da Conceição Filho, chegou a ser conduzido pela polícia, mas foi liberado após prestar depoimento. Ele permanece sendo investigado, mas não como autor do crime, já que alegou não ter participado da execução ou da ocultação do corpo.

    O caso segue sob investigação para aprofundamento dos detalhes e apuração dos possíveis crimes relacionados, incluindo o estudo do comportamento dos suspeitos, descritos pela polícia como portadores de desvios sádicos. Informações adicionais indicam que a jovem mantinha uma rotina responsável e era comprometida com o trabalho e seus animais de estimação.

    A tragédia envolvendo Clara Maria continua com ampla repercussão em Belo Horizonte e no restante do estado, gerando mobilizações por justiça e combate à violência contra mulheres.

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