Sargento da PM suspeito de assassinar esposa em clínica médica

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    Na quarta-feira (7), um sargento da Polícia Militar foi detido sob suspeita de assassinato de sua esposa, Amanda Fernandes Carvalho, em uma clínica médica localizada em Santos, no litoral de São Paulo. A tragédia também deixou a filha do casal, de 10 anos, ferida ao tentar proteger a mãe. As informações foram apuradas pelo g1 Santos.

    O suspeito, Samir Carvalho, teria disparado e desferido cerca de dez facadas na vítima, de acordo com a delegada Débora Lázaro, do 2º DP. O médico proprietário da clínica relatou à Polícia Civil que Amanda entrou em seu consultório, antes do horário agendado, acompanhada da filha, para pedir ajuda. “Meu marido está comigo, está armado, é policial e ele quer me matar, pois estamos nos separando”, ela teria dito.

    O médico afirma ter trancado a porta do consultório e bloqueado com cadeiras enquanto aguardava a chegada da Polícia Militar. Após um suposto alerta de que tudo estava sob controle, ao abrir parcialmente a porta, ele presenciou um policial fardado e ouviu mais de dez tiros sendo disparados. Ao final do ataque, Amanda foi encontrada com uma faca no pescoço e coberta de sangue.

    Presença e atuação policial

    De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), agentes foram mobilizados via Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) para lidar com um caso de desentendimento na clínica situada na Avenida Pinheiro Machado. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou a morte de Amanda no local.

    A SSP-SP acrescentou que “após o policial mostrar que não estava armado, a porta foi aberta. O autor entrou e atirou na mulher e na filha, sendo preso na sequência e encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes”. Também foi confirmado que “havia um punhal cravado no corpo da vítima”.

    A menina de 10 anos foi levada para a Santa Casa de Santos, onde recebeu tratamento de uma equipe multidisciplinar. A Prefeitura de Santos informou que o Samu foi acionado por volta das 15h30 para atender a criança.

    O caso, registrado como violência doméstica, feminicídio e tentativa de homicídio, envolveu quatro policiais militares. A SSP-SP inicialmente afirmou que os agentes encontraram Amanda morta e a filha ferida, mas posteriormente esclareceu que a informação anterior era preliminar, conforme destaque do g1, e foi enviada antes do término do boletim de ocorrência.

    A Polícia Militar instaurou um Inquérito Policial Militar para investigar a conduta dos agentes chamados para lidar com a ocorrência. Após uma audiência de custódia na quinta-feira (8), a prisão em flagrante do policial foi convertida em preventiva. O advogado Paulo de Jesus, que representa Samir Carvalho, disse que a defesa se manifestará apenas após a conclusão das investigações.

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