Bucareste, Romênia – Promotores romenos abriram uma investigação criminal contra Calin Georgescu, candidato de ultradireita e figura controversa, acusado de promoção de antissemitismo e outros crimes graves. Georgescu foi interrogado por várias horas e agora está sob controle judicial por 60 dias.
A investigação surge no contexto de sua candidatura à eleição presidencial anulada no ano passado devido a suspeitas de interferência russa. Promotores alegaram irregularidades que incluem fraude de financiamento de campanha, discurso de ódio e formação de uma organização antissemita. Georgescu negou todas as acusações, comparando as ações das autoridades ao comunismo bolchevique.
O episódio gerou protestos de seus apoiadores, que se reuniram na capital gritando slogans nacionalistas, enquanto figuras internacionais como Elon Musk criticaram publicamente o cancelamento da eleição, repetindo alegações falsas sobre a prisão de Georgescu. Segundo promotores, 47 mandados de busca foram realizados, um deles em endereços de Horatiu Potra, aliado de Georgescu. Durante as operações, foram encontrados armas e dinheiro escondidos.
A investigação acontece em um momento delicado para a Romênia, que precisa equilibrar questões de integridade democrática com o combate a discursos extremistas. O futuro político de Georgescu ainda é incerto antes da nova eleição programada para maio.