Rebeldes mataram 7.000 na República Democrática do Congo desde janeiro, afirma primeira-ministra

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    Membro do movimento M23 fica de guarda enquanto pessoas embarcam de caminhão durante alistamento de civis, policiais e ex-membros das Forças Armadas da República Democrática do Congo - Michel Lunanga - 23.fev.25/AFP Crise humanitária se agrava na fronteira entre República Democrática do Congo e Ruanda após ataque de grupo armado M23

    Conflito na República Democrática do Congo:

    Mais de 7.000 pessoas, incluindo civis e combatentes, perderam suas vidas desde janeiro em confrontos no leste da República Democrática do Congo (RDC), de acordo com a primeira-ministra Judith Suminwa, em pronunciamento no Conselho de Direitos Humanos da ONU, realizado em Genebra. A situação desencadeada pelo grupo rebelde M23, acusado de ser financiado pelo governo de Ruanda, gerou uma crise humanitária com 450 mil pessoas deslocadas e mais de 90 acampamentos destruídos na região, especialmente em Goma.

    Contexto do Conflito

    Os combates no leste da RDC fazem parte de uma crise prolongada que remonta à década de 1990, época do genocídio em Ruanda, e envolvem disputas territoriais e pelo controle de recursos minerais. Segundo relatos, os avanços do grupo M23 nas cidades de Goma e Bukavu escalaram o conflito, agravando a instabilidade da área e afetando países vizinhos na região.

    Pronunciamento na ONU

    Judith Suminwa, em discurso no Conselho, destacou a gravidade da crise, pedindo sanções internacionais contra Ruanda. De acordo com a primeira-ministra, a resposta mundial é crucial para enfrentar os deslocamentos em massa e as perdas humanas: “É impossível descrever os gritos e choros de milhões de vítimas deste conflito”, reiterou ela. António Guterres, secretário-geral da ONU, também alertou que a situação ameaça os direitos humanos na região.

    Impacto Regional

    Além das mortes, o conflito levou 40 mil pessoas a buscar refúgio nos países vizinhos, como Burundi. A escalada de violência com grupos armados ameaça transbordar fronteiras, aumentando os riscos para outras nações africanas. Os relatos de violações de direitos humanos são alarmantes, ressaltando a urgência de intervenção internacional.

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