O Programa Se Liga, instituído em 2010 pelo Governo do Estado, passará por uma reestruturação anunciada em um evento na Fundação João Pinheiro em Belo Horizonte. Criado para acompanhar, por até um ano, adolescentes e jovens que cumpriram medidas de semiliberdade e internação, o objetivo é evitar o retorno destes à prática de delitos.
De acordo com o Governo do Estado, a coordenação do programa será transferida para a Subsecretaria de Atendimento Socioeducativo (Suase) da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que assumirá a responsabilidade pelos atendimentos e ações de integração com serviços e atividades culturais e educacionais. Em 2023, o Se Liga registrou 2.862 atendimentos, beneficiando 694 jovens, enquanto até março de 2024, foram registrados 841 atendimentos a 286 jovens.
Segundo o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, o programa é uma demonstração do cuidado voltado aos jovens em situação de vulnerabilidade social. Ele destacou a iniciativa como essencial para a prevenção ao crime e na garantia do acolhimento durante e após o cumprimento de medidas socioeducativas: “Atuamos na prevenção ao crime, garantimos a qualidade do acolhimento oferecido aos jovens em cumprimento de medida socioeducativa e temos, com o Se Liga, esse importante acompanhamento posterior, para prestar o apoio necessário após o cumprimento da medida”, afirmou.
Durante o evento, os participantes puderam assistir a uma performance artística de jovens integrantes do programa. A reestruturação do Se Liga foi desenhada para fortalecer a articulação com a comunidade e garantir que as ações socioeducativas contribuam para a não reincidência na prática de infrações, integrando-se às estratégias de avaliação do impacto e efetividade do programa.