PMs são presos por acusação de estupro de jovem em carona de viatura

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    Viaturas da da Polícia Mili­tar de São Paulo. • Reprodução/ Polícia Militar de São Paulo

    Dois policiais militares do 24º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M), em Diadema, São Paulo, foram presos em flagrante pelos crimes de abandono de posto e descumprimento de missão. A acusação veio após os agentes darem carona a uma jovem de 20 anos na noite do último domingo (2). A jovem alegou ter sido vítima de abuso sexual pelos policiais, episódio denunciado pela mãe da vítima, que recebeu vídeos e áudios enviados pela filha descrevendo o suposto crime.

    Os policiais afirmaram em depoimento que atenderam a jovem, que solicitou apoio alegando estar perdida e não conhecer ninguém em Diadema. No entanto, conforme narrado pelos agentes, a mulher estaria “visivelmente alterada” e os teria ameaçado de acusação de estupro caso não a levassem para casa. Ainda segundo os policiais, a jovem agressivamente chegou a dar tapas em um deles durante o percurso. A jovem teria omitido seu endereço e acabou sendo localizada posteriormente em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no centro de São Paulo, horas após o suposto desaparecimento.

    A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo confirmou que os agentes deixaram sua base de patrulhamento sem autorização para atender à jovem. Ambos foram identificados pelas imagens e permanecem no Presídio Militar Romão Gomes (PMRG), enquanto aguardam investigações sob prisão preventiva decretada pela Justiça. Exames de corpo de delito foram realizados na jovem e nos policiais.

    A SSP afirma que todas as circunstâncias estão sendo apuradas, inclusive com a análise das câmeras corporais dos agentes. A Polícia Militar reforçou publicamente seu compromisso com a transparência e com a punição rigorosa em casos de desvios de conduta.

    Desdobramentos

    • Localização da jovem em UPA no centro de São Paulo;
    • Prisão preventiva e condução ao Presídio Militar Romão Gomes;
    • Investigação em andamento com análises feitas por autoridades competentes;
    • Exames de corpo de delito realizados para confirmar as alegações de ambas as partes.

    A Justiça segue analisando os fatos para determinar o desfecho do caso, enquanto grupos de direitos civis acompanham o caso como sendo um marco significativo para debates em torno de abordagens policiais durante eventos e situações de vulnerabilidade.

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