PF investiga grupo de contrabando de migrantes para os EUA

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    Operação Siblings cumpre 14 mandados de busca e apreensão, sendo 11 em Governador Valadares (MG), dois no Espírito Santo e um no Distrito Federal • Reprodução/Polícia Federal

    A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (26), uma grande operação contra uma organização criminosa especializada no contrabando de migrantes para os Estados Unidos. A ação, intitulada ‘Operação Siblings’, é considerada a maior da história na cidade de Governador Valadares (MG) nesse tipo de crime, segundo as autoridades.

    No total, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em três estados: 11 em Governador Valadares (MG), dois no Espírito Santo e um no Distrito Federal. Também foram executadas 11 medidas cautelares, incluindo prisões, apreensão de passaportes e sequestro de bens, com valores chegando a R$ 43 milhões.

    Como operava o grupo criminoso

    Conforme as investigações, a organização era estruturada em núcleos especializados que cuidavam de diversas etapas do esquema, como a captação de migrantes, compra de passagens aéreas, reservas de hotéis, falsificação de documentos públicos e criação de contas bancárias para movimentar recursos provenientes das vítimas.

    A liderança do grupo estava centralizada em uma família de Governador Valadares, responsável por agenciar 669 migrantes que eram enviados aos Estados Unidos via México. No total, estima-se que mais de 1.500 pessoas, incluindo menores de idade, tenham sido vítimas do esquema.

    Ações realizadas na operação

    • Apreensão de veículos, joias, documentos e dinheiro em espécie;
    • Prisão em flagrante de dois integrantes, por posse irregular de munição e resistência;
    • Bloqueios de contas bancárias e sequestro de bens.

    Os crimes investigados incluem participação em organização criminosa, migração ilegal, envio irregular de crianças e adolescentes ao exterior, falsificação de documentos públicos e uso de documentos falsificados, com penas que podem ultrapassar 33 anos de reclusão.

    De acordo com a Polícia Federal, as investigações farão uma análise mais aprofundada dos bens apreendidos, enquanto a operação continua a desdobrar fases adicionais para identificar possíveis ramificações do grupo.

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