MP diz que fintechs usavam dinheiro do PCC para comprar imóveis

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    Cartões, dinheiro, documentos e outros materiais apreendidos durante operação contra fintechs em São Paulo - Divulgação/PF e MP Homem é assassinado a tiros no aeroporto de Guarulhos

    Fintechs são utilizadas em esquema de lavagem de dinheiro do PCC

    O Ministério Público de São Paulo revelou um esquema envolvendo o PCC (Primeiro Comando da Capital) e duas fintechs, a 2GO e a Invbank, usadas para lavar dinheiro e investir em imóveis dentro e fora do Brasil. Segundo as investigações, os valores eram movimentados por meio de contas de “laranjas”, dificultando a fiscalização e dando aparência de legitimidade aos recursos ilícitos. Um policial civil, apontado como dono de uma das fintechs, foi preso.

    Esquema de lavagem de dinheiro

    O esquema consistia em utilizar as fintechs para realizar depósitos em contas de terceiros e, em seguida, adquirir imóveis. O objetivo era mascarar a origem criminosa dos valores. Documentos apresentados por delatores confirmam que líderes da facção, como Anselmo Becheli Santa Fausta, o “Cara Preta”, estavam diretamente envolvidos, utilizando uma rede sofisticada de empresas de fachada.

    Montantes e abrangência internacional

    Somente a 2GO teria lavado cerca de R$ 6 bilhões em transações que se estenderam a países como Estados Unidos, China, Canadá e Holanda, entre outros. Já a Invbank teria movimentado R$ 11 milhões, sendo parte desse valor relacionado a investimentos imobiliários realizados pela facção.

    Investigação expandida

    A operação foi desencadeada após a delação premiada de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, um corretor de imóveis ligado ao PCC. Gritzbach foi responsável por ocultar patrimônio da facção e forneceu informações detalhadas à investigação. Ele foi assassinado em novembro do ano passado, possivelmente em retaliação por sua colaboração.

    A apuração demonstra como organizações criminosas utilizam meios legais e tecnológicos, como fintechs, para driblar controles financeiros e viabilizar suas ações ilegais, expondo a necessidade de maior vigilância no setor.

    Impactos e próximos passos

    As fintechs envolvidas ainda não se manifestaram, e as autoridades indicam que a operação está em expansão. A expectativa é de que novos envolvidos sejam identificados e levados à Justiça.

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