Marina Silva assina portaria de emergência ambiental para combater incêndios florestais em 2025
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, assinou, nesta quinta-feira (27), uma portaria declarando emergência ambiental em áreas vulneráveis contra os riscos de incêndios florestais previstos para 2025. A medida busca orientar ações preventivas e viabilizar a contratação emergencial de brigadistas, baseando-se em dados climáticos rigorosos.
Uma ação conjunta para preservação ambiental
Essa iniciativa é fruto de uma colaboração entre o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A portaria irá destinar recursos financeiros aos Corpos de Bombeiros e aos estados e municípios, além de incentivar a inclusão de apoio às ações de prevenção e combate ao fogo através do Conselho Monetário Nacional.
O documento prevê um aumento considerável no número de profissionais atuando no combate às queimadas. Ao todo, serão disponibilizadas 231 brigadas florestais federais e 4.608 profissionais do Ibama e do ICMBio, representando um crescimento de 25% em relação ao ano anterior.
Monitoramento e ciência como pilares da estratégia
Entre as novidades trazidas pela portaria está o monitoramento diário de áreas queimadas em território nacional, em parceria com o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Também será implementado o Sistema de Informações sobre Fogo (Sisfogo), que auxiliará instituições públicas e a sociedade no controle e prevenção de incêndios.
Presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, destacou a precisão do estudo que fundamentou a criação da portaria. Ele afirmou que, com previsões mais claras sobre seca e risco de incêndios, é possível planejar melhor as ações e otimizar o trabalho dos brigadistas. Já a ministra Marina Silva ressaltou que a portaria é regida por dados científicos sólidos, reforçando a importância de basear ações públicas em ciência climática para minimizar os impactos ambientais.
Preocupações com o futuro
Rodrigo Agostinho também chamou a atenção para as condições climáticas esperadas para 2025, que continuam a preocupar. Apesar de redução do material combustível em áreas já queimadas, a previsão de secas severas em extensas regiões do Brasil demanda atenção redobrada e ações rápidas para conter possíveis tragédias ambientais.
“Com base nas melhores informações climáticas disponíveis, a medida busca criar antecipação estratégica e eficiência na resposta a desastres naturais”, concluiu a ministra.