O governo federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente e Ibama, anunciou nesta quinta-feira (27) o início do estado de emergência ambiental, em resposta ao risco crescente de incêndios florestais no país. A medida foi oficializada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, por meio da assinatura de uma portaria que amplia ações preventivas e de combate às queimadas.
Regiões de maior risco
Com base em levantamentos realizados pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), o governo identificou as regiões mais vulneráveis durante o período de seca. Os monitoramentos via satélite indicam o Pantanal, abrangendo parte dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, como a área mais preocupante. O risco de incêndios na região varia de fevereiro a dezembro.
Planos de ação estratégica
Entre as principais medidas previstas pela portaria estão:
- Aumento de brigadistas: Ampliação de 25% no total de contratados, ultrapassando 4 mil profissionais.
- Trabalho conjunto: Parceria entre estados e municípios para fortalecer as ações de prevenção.
- Monitoramento contínuo: Utilização de tecnologia via satélite para análise das condições climáticas e detecção de focos de calor.
De acordo com o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, o cenário atual para 2025 apresenta uma melhora em relação ao ano passado, quando 30,8 milhões de hectares foram queimados – um aumento de 79% em relação a 2023, conforme o MapBiomas. Ainda assim, o esforço para conter os focos de incêndios permanece essencial.
Impacto climático
Rodrigo Agostinho afirmou que a seca em 2025 apresenta particularidades: “Regiões que queimaram no ano passado possuem menor acúmulo de matéria combustível, mas o contexto de seca severa em estados do sul e outras regiões brasileiras exige planejamento intenso”, destacou o presidente do Ibama.