Estudo descobre gene associado ao câncer de pulmão

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    Estudo envolvendo brasileiros identificou gene que está relacionado ao desenvolvimento de tipo comum de câncer de pulmão • Freepik

    Um estudo recente liderado por pesquisadores brasileiros revelou a influência do gene GNGT-1 no surgimento, progressão e prognóstico do adenocarcinoma pulmonar, o tipo mais comum de câncer de pulmão. Essa descoberta pode contribuir para diagnósticos mais precoces e novas opções terapêuticas.

    O Papel do Gene GNGT-1 no Adenocarcinoma Pulmonar

    A pesquisa, publicada na revista Translational Lung Cancer Research, analisou dados clínicos e de expressão gênica de pacientes. Os resultados sugerem que o GNGT-1 remodela o ambiente tumoral, acelerando a progressão da doença. Experimentos com tecidos humanos e camundongos transgênicos confirmaram esses fenômenos.

    De acordo com o oncologista Ramon Andrade de Mello, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia e coautor do estudo, o GNGT-1 se mostra um novo biomarcador estratégico. “Sua hiperexpressão constitui um evento determinante no desenvolvimento inicial do adenocarcinoma pulmonar, podendo otimizar o diagnóstico precoce e aumentar a eficácia dos tratamentos”, afirma Mello à CNN.

    Impactos da Descoberta

    A inclusão do GNGT-1 como biomarcador permite avançar na análise de modelos tumorais em laboratório. Isso também abre espaço para possíveis terapias que bloqueiem o gene e suas vias celulares, contribuindo para retardar a progressão do câncer.

    Outro ponto abordado na pesquisa aponta para a necessidade de se estudar mais profundamente os mecanismos específicos do GNGT-1 nas células tumorais. O avanço dessas investigações pode ser decisivo na criação de novas opções de medicamentos para combater o que ainda é uma das principais causas de mortalidade oncológica.

    Fatores de Risco e Desafios no Tratamento

    O adenocarcinoma pulmonar, geralmente associado ao tabagismo, também afeta pessoas que nunca fumaram. Fatores como histórico familiar e exposição a substâncias químicas, como amianto e sílica, contribuem para o risco. Com uma taxa de sobrevida de apenas cinco anos, a detecção precoce é um grande obstáculo, mesmo com avanços médicos.

    O tratamento atual inclui cirurgia, quimioterapia, imunoterapia e hormonioterapia. Porém, as descobertas sobre o GNGT-1 dão novas esperanças para melhorar os prognósticos no futuro.

    Saiba mais sobre o estudo completo no link do artigo científico: Translational Lung Cancer Research.

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