Doença mata 53 pessoas na República Democrática do Congo

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    © ONU/Sylvain Liechti

    Mais de 50 pessoas morreram nas últimas semanas em dois focos de doença de causas desconhecidas na região noroeste da República Democrática do Congo, de acordo com dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Além das mortes, os surtos já registraram 431 casos, sendo investigados em vilarejos remotos com infraestrutura sanitária limitada, informou a OMS no dia 25 de abril.

    Doença de causa desconhecida gera alerta

    Segundo o boletim da OMS, os casos se concentraram em duas zonas de saúde na província de Equateur. O maior dos surtos ocorreu no vilarejo de Bomate, onde 419 casos foram relatados e resultaram em 45 mortes. Outro foco foi identificado no vilarejo de Boloko, que registrou 12 casos e oito mortes em janeiro. Em ambas as situações, quase metade das vítimas faleceu em menos de 48 horas após o início dos sintomas, como febre, dores, vômitos e diarreia.

    Amostras descartam hipóteses iniciais

    A investigação descartou Ebola e Marburg como as causas potenciais, após análises realizadas em 13 amostras testadas. No entanto, outras possibilidades estão sendo consideradas, como febre tifoide, malária, meningite, intoxicação alimentar ou até mesmo outra febre hemorrágica viral. A OMS ressaltou que, até o momento, não foi identificada nenhuma ligação epidemiológica entre os dois focos.

    Infraestrutura precária eleva riscos

    Os surtos tiveram rápida propagação em razão das severas limitações na vigilância e na infraestrutura sanitária local. Segundo o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, a organização permanece monitorando a situação e reforçando as equipes de saúde no local para prosseguir com as investigações. Ele classificou os surtos como “uma ameaça de saúde significativa” devido à manifestação veloz da doença e ao número elevado de mortes.

    O caso ilustra a vulnerabilidade de zonas rurais com infraestrutura limitada e destaca a importância da cooperação global em saúde pública diante de crises sanitárias.

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