Com a chegada do clima mais frio e o aumento da circulação de vírus respiratórios, cresce também o número de casos de doenças como gripe, resfriado, bronquiolite e pneumonia. Crianças e idosos são especialmente vulneráveis a essas infecções e a identificação precoce de sintomas graves pode ser essencial para salvar vidas.
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) ressalta a importância de buscar atendimento médico imediato em situações de agravamento dos sintomas respiratórios.
De acordo com o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi, é crucial estar atento aos sinais que exigem cuidados médicos urgentes.
“Em casos de febre alta, dificuldade para respirar, coloração arroxeada nos lábios ou extremidades, tosse com catarro espesso, confusão mental, prostração ou saturação de oxigênio abaixo de 94%, a recomendação é procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou hospital o quanto antes”, afirma.
Grupos de Risco
Crianças e idosos são particularmente vulneráveis, pois as primeiras ainda estão desenvolvendo o sistema imunológico e os últimos apresentam menor capacidade de resposta imunológica, o que pode levar a complicações. É importante redobrar os cuidados em ambos os grupos.
Segundo dados da SES-MG, de janeiro a maio deste ano, Minas Gerais registrou mais de 100 mil atendimentos por infecções respiratórias nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), dos quais mais de 25 mil envolveram crianças menores de 1 ano e idosos com mais de 60 anos.
Hospitalizações e Prevenção
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é uma condição séria que pode exigir internação hospitalar. No mesmo período em 2025, foram registradas 39.556 internações, sendo 66,05% de crianças até 1 ano e pessoas com mais de 60 anos.
As vacinas contra influenza e Covid-19 são destacadas como as medidas mais eficazes para prevenir casos graves de SRAG. É fundamental que a população atualize a caderneta de vacinação e busque as unidades de saúde ou vacimóveis disponíveis.
Até 29 de maio, o Ministério da Saúde registrou 4.316.110 doses da vacina contra a influenza aplicadas em Minas Gerais, com uma população-alvo de 5.412.225 pessoas. Já a vacinação contra Covid-19 apresenta uma cobertura de 88,68% para o esquema primário, 59,04% para o reforço com a monovalente e 23,48% com a bivalente.
Além da vacinação, medidas como higienizar as mãos frequentemente, manter ambientes ventilados, evitar aglomerações e usar máscara em caso de sintomas gripais ajudam a reduzir a propagação de vírus.