Minas Gerais enfrenta uma situação de emergência em saúde pública decretada em seis municípios, devido a um aumento expressivo de casos de doenças respiratórias. Esses casos estão sendo impulsionados pela alta circulação dos vírus sincicial respiratório e influenza A. O decreto, com validade de 180 dias, foi publicado pelo governador Romeu Zema (Novo) na última sexta-feira (2), como medida para enfrentar essa crise sanitária.
De acordo com informações do g1, a lista de municípios que decretaram emergência inclui Belo Horizonte, Betim, Conselheiro Lafaiete, Contagem, Pedro Leopoldo e Santa Luzia. O aumento abrupto na demanda por atendimentos tem impactado as unidades de saúde e causado risco de desassistência, conforme justificativas nos decretos municipais.
Na capital, Belo Horizonte, o decreto foi publicado na quarta-feira (30), relatando que em abril foram atendidas 63.217 pessoas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), um aumento de 49% em relação a março, quando 42.435 pacientes foram atendidos. Da semana passada até a última terça-feira (29), a prefeitura abriu 30 novos leitos de enfermaria pediátrica, 20 no Hospital Metropolitano Odilon Behrens e 10 no Hospital da Baleia, voltados principalmente para crianças até quatro anos.
Medidas do Decreto Estadual
O decreto estadual prevê dispensa de licitação para aquisição de bens e serviços essenciais, requisição de bens e serviços de pessoas físicas e jurídicas, com garantia de indenização, se necessário, e tramitação em regime de urgência para processos relacionados à situação de emergência. O Centro de Operações de Emergências em Saúde por SRAG (COE-Minas-SRAG), coordenado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), ficará responsável pela gestão da crise, conforme publicação no Diário Oficial do Estado (DOE).
As medidas refletem a urgência em lidar com o cenário de doenças respiratórias que está provocando um aumento significativo na demanda por serviços hospitalares, especialmente para cuidados pediátricos. As autoridades buscam formas de mitigar o impacto e garantir o atendimento necessário à população afetada.