Bombardeiro nuclear dos EUA treina perto da Rússia no aniversário da guerra

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    Bombardeiro B-52 dos EUA em treinamento com quatro caças F-35 holandeses e um F-18 finlandês no Báltico - Força Aérea da Finlândia no X Exercícios militares no Báltico

    No dia em que a Guerra da Ucrânia completou três anos, os Estados Unidos e seus aliados realizaram uma patrulha com um bombardeiro B-52, equipado com capacidade nuclear, próximo às fronteiras da Rússia e de Belarus. A ação, descrita como um exercício militar de rotina pelo governo americano, faz parte da crescente tensão na região em meio à política de enfrentamento adotada pelos EUA desde o início do conflito. Além disso, o bombardeiro realizou comemorações sobrevoando a capital da Estônia, celebrando o Dia Nacional do país báltico.

    O exercício, ocorrido nesta segunda (24), inclui uma manobra sensível: o B-52 voou para o sul antes de retornar ao Reino Unido, passando a apenas 10 km do espaço aéreo de Belarus. Especialistas interpretam tal movimento como ação estratégica no chamado ‘corredor de Suwalki’, rota crítica entre Belarus e Kaliningrado, uma área-chave em simulações de confronto entre Rússia e Otan.

    A operação envolve uma exibição clara da força da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), enquanto a região permanece em constante alerta devido à guerra. Este sobrevoo é parte de uma rotação contínua no programa de Policiamento Aéreo Báltico, reforçada após a entrada da Finlândia na aliança militar em 2023, amplificando ainda mais a presença da Otan junto às fronteiras russas.

    Por outro lado, tensões diplomáticas continuam a emergir. Recentemente, Donald Trump sinalizou o desejo de negociar diretamente com o presidente russo Vladimir Putin, surpreendendo a comunidade internacional e contradizendo ações militares americanas na região. Observadores ressaltam que essa mudança de postura poderia afetar a coesão da Otan e os esforços coordenados contra a Rússia.

    Os céus do Báltico, por sua vez, têm sido palco de constantes confrontos indiretos, interceptações e uma vigilância crescente entre Rússia e Ocidente, intensificando as ações militares e os riscos geopolíticos na área.

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