Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) um prazo de 83 dias para a apresentação de defesa prévia na investigação relacionada ao suposto plano de golpe de Estado no final de 2022. Caso o pedido não seja atendido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, foi solicitado que a pauta seja levada ao plenário para julgamento.
Moraes já havia negado essa extensão de prazo na última quinta-feira (20). A defesa argumenta que é necessário o mesmo prazo utilizado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para analisar a denúncia. Além disso, os advogados fundamentam o pedido no princípio da paridade de armas, visando garantir uma defesa ampla e efetiva.
Denúncia da PGR
A PGR acusa Bolsonaro de liderar uma organização criminosa com o objetivo de planejar um golpe de Estado. A denúncia está embasada em evidências que conectam o ex-presidente a supostas práticas ilícitas no final de 2022. Os advogados de Bolsonaro destacaram que tempo adicional é necessário para examinar de maneira abrangente os detalhes do processo e garantir que os argumentos apresentados em defesa sejam consistentes e compatíveis com o devido processo legal.
A disputa pelo prazo reacende debates sobre a condução do caso e a importância de assegurar um equilíbrio entre acusação e defesa em processos de alta relevância política.