Alexandre Padilha assume Ministério da Saúde e busca reduzir tempo de espera no SUS

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    Foto: Taysa Barros/MS

    Alexandre Padilha tomou posse como Ministro da Saúde, destacando a redução do tempo de espera no atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) como a principal prioridade de sua gestão. Durante a cerimônia no Palácio do Planalto, ele declarou que esse objetivo será tratado como uma “agenda diária de trabalho” do ministério.

    De acordo com o Ministério da Saúde, o ministro enfatizou os desafios históricos da saúde pública no Brasil, agravados pela pandemia: “Não há solução mágica para um problema que se arrasta há décadas e se intensificou com o descaso do governo anterior. Como na medicina, não podemos tratar a saúde pública apenas aliviando a febre e a dor momentaneamente”, disse. Ele também ressaltou a urgência de diagnósticos rápidos ao citar exemplos de cidadãos que enfrentam dificuldades por falta de acesso à exames e atendimento especializado.

    Fortalecimento do SUS e enfrentamento ao negacionismo

    No discurso, Padilha reforçou o compromisso com o fortalecimento do SUS como um pilar da sociedade brasileira e denunciou o impacto das políticas negacionistas durante a pandemia de covid-19. “Negacionistas têm as mãos sujas com o sangue de quem partiu na pandemia. Este governo não permitirá que a perversidade de vocês gere indiferença e desprezo à vida das nossas crianças e famílias brasileiras”, afirmou. Ele anunciou ainda que as campanhas de vacinação e o enfrentamento de doenças tropicais, como dengue e malária, serão prioridades.

    Segundo Padilha, a sua gestão buscará implementar novas tecnologias e modernizar o atendimento no SUS. Ele destacou a vacinação como uma das principais estratégias de saúde pública e celebrou avanços como a vacina 100% nacional contra a dengue, desenvolvida pelo Instituto Butantan, como um exemplo do papel do SUS na inovação e desenvolvimento tecnológico no Brasil.

    Modelo de remuneração e valorização dos profissionais

    O ministro anunciou a intenção de substituir a atual tabela SUS por um modelo de remuneração que valorize estados, municípios e hospitais que ofereçam atendimento mais ágil e de qualidade. “Teremos coragem e ousadia para superar esse modelo e criar uma política que valorize quem atende no tempo certo”, disse.

    Padilha também afirmou que sua gestão priorizará a valorização e qualificação dos profissionais de saúde por meio de parcerias com universidades e centros de formação. O compromisso com a ciência e com a cooperação internacional, envolvendo entidades como a Organização Mundial da Saúde (OMS), também foi reforçado.

    Reconstrução e transição de gestão

    Assumindo a pasta, Padilha destacou os avanços realizados pela sua antecessora, Nísia Trindade, como a retomada da cobertura vacinal e a ampliação do programa Farmácia Popular. Ele elogiou a sua gestão, que substituiu o negacionismo por um compromisso com a saúde pública e a ciência. “Nísia, o Brasil agradece a você e à sua equipe pela reconstrução do Ministério da Saúde depois de anos sombrios”, declarou.

    Com experiência prévia como ministro da Saúde no governo Dilma Rousseff e secretário da Saúde em São Paulo, Padilha afirmou estar preparado para enfrentar os desafios da nova gestão, reiterando que a determinação será a marca de seu trabalho: “Quem aprendeu com Lula sabe que, diante de uma dificuldade, a gente teima, vai lá e faz”.

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