Abin paralela terá lista com pelo menos 15 indiciados

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    Sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em Brasília (DF) • Antonio Cruz/Agência Brasil

    Em sua fase final, o relatório da Polícia Federal sobre o uso ilegal da ferramenta de monitoramento FirstMile pela Abin paralela deve apresentar uma lista com pelo menos 15 indiciados. Segundo fontes ligadas ao inquérito, o documento inclui informações detalhadas sobre operações como “última milha” e “vigilância aproximada”, além de depoimentos e materiais apreendidos em investigações realizadas entre 2023 e 2024.

    Nesse contexto, os investigadores estão confrontando dados e depoimentos para consolidar a análise final antes de encaminhar o relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF), o que está previsto para acontecer em março. O relatório incluirá detalhes sobre espionagem contra auditores da Receita Federal, operação envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e a atuação de agentes da chamada “Abin paralela”.

    De acordo com o apurado, a ferramenta FirstMile foi utilizada 30 mil vezes, sem autorização judicial, durante a gestão de Alexandre Ramagem na Abin, que hoje é deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro. Esse sistema permitiu a geolocalização de figuras públicas, como ministros do STF, parlamentares e jornalistas. Apesar da gravidade das acusações, o nome de Flávio Bolsonaro não deve estar entre os indiciados.

    Em julho de 2022, um áudio revelou discussões entre Jair Bolsonaro (PL), Alexandre Ramagem, e advogados sobre estratégias para monitorar auditores da Receita Federal, complexificando ainda mais o escândalo envolvendo a Abin paralela.

    Principais Pontos do Relatório

    • Lista final com pelo menos 15 nomes indiciados;
    • Análise aprofundada de materiais apreendidos em 2023 e 2024;
    • Atuação da “Abin paralela” em espionagem contra servidores públicos;
    • Uso clandestino da ferramenta FirstMile para geolocalização.

    CNN apurou que o relatório trará detalhes de como as ações de monitoramento foram realizadas e quais medidas administrativas e judiciais estavam sendo planejadas contra servidores. Além disso, embora o senador Flávio Bolsonaro não esteja diretamente envolvido na lista de indiciados, a investigação lança luz sobre o impacto político dessas atividades clandestinas.

    Nesta reta final, o caso levanta debates importantes sobre a utilização de ferramentas de vigilância e o respeito às leis, especialmente no contexto de uma instituição pública como a Agência Brasileira de Inteligência.

    Fique atento para mais informações nas próximas semanas, conforme esse relatório chega ao Supremo Tribunal Federal.

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