No evento realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), manifestou pela primeira vez sua opinião sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por supostamente liderar um plano de golpe após as eleições de 2022. Evitando uma análise jurídica, Zema criticou a atuação da Justiça brasileira.
Críticas à Justiça Brasileira
Romeu Zema ressaltou que o sistema judicial brasileiro carece de imparcialidade e consistência. Segundo ele, decisões de condenar ou absolver têm sido tomadas “ao sabor do momento político”, o que, para o governador, prejudica a credibilidade da Justiça.
Ele defendeu a necessidade de mais isenção e o direito irrestrito à defesa dentro dos processos judiciais. “Precisaríamos ter mais imparcialidade e garantir que todos, tendo direito de defesa, respondam pelos seus erros”, afirmou.
Zema também destacou a histórica lentidão do sistema judiciário brasileiro, que, na sua visão, contribui para gerar incertezas políticas, especialmente em relação às eleições.
Planos para o Futuro Político
O governador de Minas Gerais comentou ainda sobre seu papel nas eleições presidenciais de 2026. Ele afirmou que pretende participar da campanha, seja como candidato ou apoiando outro nome da direita. Apesar disso, Zema indicou que Jair Bolsonaro continua sendo, na sua visão, o candidato mais forte do campo ideológico conservador, dependendo de sua elegibilidade.
“Caso elegível, Bolsonaro seria o candidato mais viável da direita. Acho que todos os governadores de direita têm ciência disso”, disse Zema, reforçando que a definição final depende das decisões judiciais envolvendo o ex-presidente.
Por fim, Zema destacou seu desejo de contribuir para o Brasil de maneira mais ampla, dizendo que trabalhará para fortalecer sua base política rumo às próximas eleições.