O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), participou nesta terça-feira (11) de um evento da Stellantis, em Betim, na Grande Belo Horizonte. A cerimônia contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante seu discurso, Zema fez críticas à gestão do ex-governador Fernando Pimentel (PT), ao citar as condições financeiras do estado ao assumir o governo em 2019.
De acordo com a Rádio Itatiaia, Zema afirmou que Minas Gerais estava “quebrado” no início de seu mandato e relatou dificuldades enfrentadas pelos municípios à época. “Em 2019, logo que assumi o estado quebrado, desacreditado, que não fazia repasses do ICMS, IPVA, educação e saúde para os diversos prefeitos que estão aqui presentes, não pagava folha nem 13º, os executivos da Fiat me procuraram e queriam saber se poderiam ou não acreditar no futuro de Minas”, afirmou.
O governador também ressaltou o que chamou de exemplo de gestão austera. Durante seu discurso, declarou: “Eu falei: ‘Vamos fazer o governo da economia e darei o exemplo do governador. Tanto é que não moro em palácio, não tenho 32 empregadas, não tenho nenhum tipo de mordomia’”. A declaração foi interpretada como uma nova crítica ao governo anterior.
Eficiência da equipe e situação fiscal
Ainda em seu pronunciamento, Zema usou uma metáfora futebolística para elogiar o trabalho de sua equipe de governo. Ele mencionou que, para obter bons resultados, priorizou a escolha de profissionais capacitados e destacou: “Estamos fazendo no governo de Minas o que qualquer empresa faz. Gente competente. Todo o meu secretariado foi selecionado igual a Fiat contrata. Apesar de sermos o segundo estado mais populoso do Brasil, somos o que tem o menor número de secretarias: 14. Para um time ganhar campeonato não precisa colocar 20, 30 jogadores em campo, precisa de 11 craques.”
Sobre as finanças do estado, Zema afirmou que Minas Gerais tem contribuído significativamente para a balança comercial brasileira, mas enfrenta dificuldades devido aos juros da dívida pública. “Somos o estado do Brasil que mais contribuiu para a Balança Comercial. O Brasil, ano passado, teve um saldo de US$ 74,5 bilhões, a contribuição de Minas foi de US$ 25 bilhões. Mais de um terço do saldo comercial foi gerado nesta terra que hoje tem dificuldades para manter as estradas boas, um ensino adequado”, disse o governador.
Ao finalizar seu discurso, Zema declarou esperar uma medida definitiva para solucionar o problema relacionado à dívida de Minas Gerais com a União, destacando a necessidade de corrigir os juros altos cobrados. “Espero que agora venhamos a ter uma correção aos juros que nós pagamos de uma dívida bilionária, de 30 anos, ao governo federal. Estamos confiantes de que, finalmente, vamos ter uma solução do problema na origem, e não empurrando para frente como sempre aconteceu”, concluiu.
