O presidente Donald Trump assinou um memorando de segurança nacional que busca restringir investimentos chineses em setores estratégicos nos Estados Unidos. A medida tem como objetivo promover o investimento estrangeiro, mas assegurando a proteção aos interesses de segurança nacional do país. Segundo uma autoridade da Casa Branca, o memorando destaca a necessidade de barrar adversários estrangeiros, como a China, que estão explorando recursos americanos para modernizar suas operações militares e de inteligência.
Restrição a Tecnologias Sensíveis
A ordem também aponta que novas regras serão implementadas para evitar a exploração de capitais, tecnologias e conhecimentos americanos por estados adversários. Entre os setores estratégicos mencionados estão os de semicondutores, inteligência artificial, tecnologias quânticas, biotecnologia e aeroespacial. Essas restrições prometem endurecer ainda mais a relação econômica entre as duas maiores potências mundiais.
Preocupações com Aquisição de Terras
Além do setor tecnológico, a ordem cita que entidades estrangeiras, incluindo a China, possuem grande quantidade de terras agrícolas nos EUA, o que tem gerado preocupações sobre segurança nacional. A China, por exemplo, detém mais de 350.000 acres de terras agrícolas em 27 estados americanos. Grupos agrícolas e legisladores têm se manifestado contra essas práticas, temendo o aumento do preço das propriedades e as implicações para a segurança alimentar e econômica.
Monitoramento e Conflitos Econômicos
Outro ponto de atenção é o aumento dos ataques cibernéticos de hackers chineses, que recentemente violaram o escritório CFIUS do Departamento do Tesouro. Por outro lado, a China criticou o posicionamento americano, classificando as medidas como uma “politização” de questões econômicas e prometeu monitorar a situação para proteger seus interesses.
Impactos Econômicos
Análises mostram que o investimento chinês nos EUA teve uma queda acentuada nos últimos anos, passando de US$ 46 bilhões em 2016 para menos de US$ 5 bilhões em 2022, segundo dados do Rhodium Group. Com as novas restrições, é provável que a tensão econômica entre os dois países aumente, especialmente após os Estados Unidos já terem elevado tarifas de importação em gestões anteriores.
Essas ações mostram como o governo americano busca equilibrar a atração de investimentos internacionais com a proteção de setores essenciais. Enquanto o memorando visa salvaguardar interesses nacionais, os impactos diretos e indiretos dessas limitações continuam sendo analisados no cenário global.
