A sustentabilidade tomou um papel central nas políticas do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) do Brasil. Começando com programas como o Plano Safra, Solo Vivo e Caminho Verde Brasil, o objetivo é conciliar aumento da produtividade com a preservação ambiental, preparando o cenário agrícola do país para a COP 30, que será realizada em novembro, em Belém (PA).
De acordo com informações do Ministério da Agricultura, o ministro Carlos Fávaro afirmou: “Estamos quebrando paradigmas. O clima preservado é um dos maiores ativos da agropecuária. Com planejamento, apoio técnico e crédito adequado, é possível produzir mais e melhor, respeitando o meio ambiente”.
Plano Safra e práticas conservacionistas
O recém-lançado Plano Safra 2025/2026 demonstrou esse compromisso ao destinar R$ 516,2 bilhões em crédito. Este programa amplia o acesso a financiamentos para aqueles que adotam práticas sustentáveis, estabelecendo como critério seguir o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), essencial para melhorar a eficiência agrícola e proteção do solo.
Produtores que implementam práticas como o plantio de culturas de cobertura na entressafra e o uso de sementes florestais recebem incentivos como juros reduzidos, articulando menor custo de produção para quem preserva o meio ambiente.
Outro destaque é o programa RenovAgro, que agora abrange financiamento para ações contra incêndios e recuperação ambiental, incluindo a aquisição de caminhões-pipa e reflorestamento com espécies nativas.
Sustentabilidade no uso do solo
O programa Solo Vivo promove práticas para o manejo sustentável da terra, ao colaborar com instituições de pesquisa e governos locais. Iniciativas sob esta política vêm melhorando a qualidade de produção em várias regiões, priorizando técnicas que impedem a erosão e melhoram a fertilidade, sem aumentar as emissões de carbono.
Além disso, o Caminho Verde Brasil fortalece esse compromisso, já tendo alocado R$ 21 bilhões nos últimos três ciclos do Plano Safra para restaurar áreas degradadas, facilitando a transformação dessas terras em locais ambientalmente e economicamente sustentáveis.
Com estas estratégias convergentes, o Brasil pretende demonstrar na COP 30 que segurança alimentar, inovação e responsabilidade climática podem ser alcançadas em conjunto. A expectativa é posicionar o país como líder na demonstração de um modelo agrícola sustentável e economicamente viável.