A dermatite atópica, uma condição dermatológica frequente entre crianças, terá tratamento integral disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério da Saúde anunciou a incorporação de três novos medicamentos ao tratamento por meio de portarias publicadas no Diário Oficial da União em 27 de maio. As portaria 17, portaria 18 e portaria 31 incluem novos tratamentos para a condição.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, os medicamentos incorporados são duas pomadas, tacrolimo e furoato de mometasona, e um medicamento oral, metotrexato. Com recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), essas novas opções ampliam o acesso a tratamentos que variam desde as fases iniciais até quadros mais graves da doença.
Medicações e Benefícios
A dermatite atópica provoca inflamação na pele, resultando em lesões e coceira intensa. A nova incorporação dos medicamentos tacrolimo e furoato de mometasona oferece alternativas para pacientes que não podem usar corticóides ou que apresentam resistência aos tratamentos já existentes. O tacrolimo, por ser um medicamento de alto custo, tinha antes acesso restrito.
O metotrexato é uma novidade para o manejo de casos graves, especialmente para aqueles que não podem utilizar a ciclosporina, já disponível na rede pública. Fernanda De Negri, secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação, destacou a importância do tratamento no combate ao estigma social enfrentado pelos portadores, muitas vezes criticados pelas lesões visíveis na pele.
A condição, não contagiosa, é genética e crônica, caracterizada por pele ressecada e coceira intensa, sendo comum em áreas dobradas como cotovelos e joelhos. A dermatite atópica é comum na infância, mas pode surgir em adolescentes e adultos. A rede pública já oferecia pomadas de leve potência e ciclosporina para casos graves antes da incorporação recente.
Entre 2024 e 2025, mais de mil atendimentos hospitalares e 500 mil ambulatoriais por conta da dermatite atópica foram realizados na rede pública no Brasil. O tratamento envolve consultas, exames e prescrição conforme necessidade clínica.
Acesso ao Tratamento
Para ter acesso ao tratamento pelo SUS, basta procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. Após avaliação clínica, o paciente pode ser encaminhado a um especialista para diagnóstico e definição do tratamento adequado.