Suprema Corte dos EUA suspende decisão que obrigava retomada de ajuda externa
O presidente da Suprema Corte dos Estados Unidos, John Roberts, atendeu a um pedido do governo de Donald Trump e suspendeu nesta quarta-feira (26) uma decisão judicial emitida na terça-feira (25), que obrigava a liberação de quase US$ 2 bilhões em ajuda externa congelada. A ordem original foi expedida pelo juiz distrital Amir Ali, que estabeleceu o prazo de 23h59 para o governo retomar os pagamentos direcionados a organizações globais que auxiliam comunidades vulneráveis.
Pedido de suspensão e justificativa
Segundo o governo de Trump, a determinação de Ali “lançou no caos” os esforços de revisão financeira em andamento. A procuradora-geral interina Sarah M. Harris argumentou sobre a impossibilidade de atender ao cronograma estabelecido pelo tribunal, afirmando que as demandas estavam fora de um padrão ordenado. Roberts, ao aceitar o pedido de suspensão, concedeu mais tempo para a análise do caso e estabeleceu o prazo até o meio-dia de sexta-feira (28) para que as organizações demandantes apresentem novas declarações. Até o momento, a Suprema Corte não apresentou justificativas detalhadas para a ordem provisória emitida.
Impactos políticos e humanitários
A decisão de congelar as verbas internacionais faz parte de um contexto de restrições orçamentárias promovidas pelo governo americano. Algumas dessas verbas incluem aportes feitos pela USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), cujas iniciativas atingem mais de 160 países, direcionando fundos significativos para aliados estratégicos como Israel, Jordânia e Egito, além de ONGs que operam globalmente, incluindo no Brasil. O movimento é visto como parte das estratégias de redução de custos, agora sob o comando de Elon Musk à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE).
Próximos passos e expectativa
Este é mais um episódio nas disputas judiciais envolvendo políticas internacionais da administração Trump. O governo busca postergar ou reverter ordens que impactem sua agenda de austeridade, enquanto organizações afetadas alertam para os riscos associados à interrupção ou atraso dos pagamentos, especialmente em missões essenciais nas áreas de saúde, segurança alimentar e ajuda emergencial.
Siga acompanhando os desdobramentos desse caso crítico envolvendo uma das maiores potências globais e suas políticas para o auxílio internacional.