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Rússia e Ucrânia devem participar de negociações, afirma presidente turco

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, reiterou nesta segunda-feira (24) a importância de incluir tanto a Rússia quanto a Ucrânia nas negociações de paz para acabar com a guerra em curso entre os dois países. Durante entrevista coletiva, ele destacou que “o caminho para uma paz justa e duradoura só pode ser alcançado se todas as partes relevantes estiverem representadas”.

Erdogan observou que negociações anteriores falharam ao excluir a Rússia ou a Ucrânia, impedindo que os esforços resultassem no desfecho desejado. “Se quisermos atingir os resultados esperados, a Ucrânia deve ser incluída diretamente no processo, e essa guerra deve ser resolvida por meio de negociações mútuas”, afirmou o presidente.

A Turquia como palco de mediação

O papel da Turquia como mediadora foi reafirmado no mesmo dia por Hakan Fidan, ministro das Relações Exteriores do país. Ele declarou que o governo turco está pronto para sediar conversas entre Rússia e Ucrânia, como ocorreu em negociações anteriores que garantiram a exportação segura de grãos pelo Mar Negro durante 2022. “Estamos preparados para dar qualquer forma de apoio que leve a paz e, como antes, sediar essas conversas”, disse Fidan.

Contexto das conversas recentes e a ausência ucraniana

Erdogan também apontou que as negociações recentes entre os Estados Unidos e a Rússia, realizadas na semana passada, ocorreram sem a participação de representantes ucranianos. Ainda assim, ele revelou já ter conversado com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, e com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reforçando a posição turca de abertura para o diálogo multilateral.

Zelensky, por sua vez, reconheceu o papel fundamental da Turquia como garantidora de segurança para a Ucrânia e se mostrou disposto a ampliar a cooperação.

Histórico: Turquia entre a diplomacia e a pacificação

A Turquia, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), desempenha um papel essencial nos esforços de pacificação desde o início do conflito, em 2022. O país ajudou a alcançar avenças iniciais e, mesmo pressionada por pertencer à Otan, busca equilibrar diálogo com ambas as partes.

Com informações da Reuters.

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