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‘Quero ser tratado com respeito’, diz Lula sobre Trump em entrevista ao New York Times

Em entrevista ao The New York Times, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil está tratando com seriedade o anúncio de uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil pelos Estados Unidos, a ser aplicada a partir de 1º de agosto. Segundo Lula, a abordagem brasileira não se caracteriza por subserviência e destacou a necessidade de respeito nas relações internacionais.

O anúncio da tarifa pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ocorreu em 9 de julho e foi justificado por ele como uma resposta a uma relação considerada injusta com o Brasil e devido ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o NYT, Trump teria como alvo o ministro Alexandre de Moraes, além de argumentar pela revogação de vistos dos juízes do STF.

Relações Bilaterais e Consequências Econômicas

Lula destacou que consumidores norte-americanos deverão arcar com os custos da tarifa em produtos como café, carne e suco de laranja, alertando para as implicações de uma possível transformação de uma relação diplomática de 201 anos. O presidente brasileiro afirmou ainda ser “vergonhoso” o comportamento de Trump em usar a rede social Truth Social para ameaças econômicas.

Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do ex-presidente, estaria nos EUA desde março buscando sanções contra ministros do STF, e teria condicionado a suspensão do tarifaço à anistia ao pai e a outros condenados envolvidos na tentativa de golpe de Estado após a eleição de Lula, segundo apontou o NYT.

Em sua declaração, Lula afirmou reconhecer o poder econômico, militar e tecnológico dos EUA, mas frisou que o Brasil não deve negociar sentindo-se inferiorizado. “Quando ocorre um desentendimento comercial, políticos deveriam dialogar”, completou Lula, criticando os métodos de Trump.

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