Vinte e seis pessoas foram presas e dois adolescentes apreendidos durante a campanha “Maio Laranja”, voltada para o combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. As ações ocorreram em Belo Horizonte e nas cidades de Mário Campos, Coronel Fabriciano e Pompéu. De acordo com informações da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), um balanço foi divulgado na sexta-feira (30).
As informações foram apresentadas no Departamento Estadual de Investigação, Orientação e Proteção à Família (Defam), no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte. O delegado Diego Lopes destacou que 68% dos casos de estupro de vulnerável são cometidos por familiares das vítimas. “Infelizmente é um tipo de conduta criminosa em que o agente é muito próximo. Assim, a busca por ajuda é muito difícil”, afirmou Lopes.
Casos Destacados
Um dos casos investigados envolveu a prisão de um homem de 29 anos no Barreiro, suspeito de estupro de vulnerável virtual. Ele teria conhecido a vítima, de 13 anos, por um aplicativo e mantido um relacionamento virtual envolvendo atos ilícitos. Outro caso destacado ocorreu no bairro Santa Amélia, onde um homem de 71 anos foi preso por abusar da própria filha quando ela tinha 8 anos. Ele foi condenado a 23 anos e quatro meses de prisão.
Além das prisões, foram requeridas 74 medidas protetivas e cerca de cem procedimentos foram instaurados. Quarenta inquéritos foram concluídos e ações educativas foram realizadas em mídia digital e em 25 escolas, como parte da campanha “Maio Laranja”. “As visitas tranquilizadoras são relacionadas a casos mais graves. Em 20 dos 74 casos, enviamos uma equipe para verificar se a proteção judicial estava sendo cumprida”, explicou Diego Lopes.
Com o tema “A violência dá sinais”, a campanha deste ano buscou conscientizar a sociedade sobre indicativos de violência em crianças e adolescentes, ressaltando mudanças comportamentais que devem ser observadas por pais e responsáveis.