Pesquisa mostra piora na avaliação de Haddad na Câmara e no Senado

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    Fernando Haddad, ministro da Fazenda • Diogo Zacarias/MF

    Levantamento político aponta aumento na reprovação de Haddad no Congresso

    Uma pesquisa realizada pela consultoria Ranking dos Políticos revelou um aumento significativo na avaliação negativa de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, por deputados e senadores. O estudo, conduzido na segunda semana de fevereiro, entrevistou 110 deputados e 26 senadores, respeitando a proporcionalidade partidária.

    Resultados da Pesquisa

    Os dados apontam que 46,4% dos deputados avaliam o desempenho de Haddad como “ruim/péssimo”, em comparação aos 28,8% registrados em setembro de 2023. Entre os senadores, a taxa subiu de 23,8% para 34,6%. Em contrapartida, a avaliação positiva de “ótimo/bom” caiu para 30% na Câmara e manteve-se praticamente estável no Senado, passando de 47,6% para 46,2%.

    Causas e Contexto

    O agravamento da avaliação de Haddad coincide com uma série de desgastes na opinião pública, incluindo a crise envolvendo o Pix e a alta nos preços de alimentos. Além disso, o ministro enfrentou desafios internos dentro do governo, como a polêmica sobre o pacote de contenção de gastos atrelado à promessa de isentar trabalhadores com rendimentos até R$ 5 mil do Imposto de Renda. A instabilidade econômica também contribuiu para a percepção negativa, marcada pela reação do mercado e a disparada do dólar, que encostou em R$ 6,30 durante o período.

    Para especialistas, a situação reflete tanto um esgotamento da agenda buscada por Haddad no Congresso quanto resistência interna no próprio PT. Segundo Luan Sperandio, diretor de operações da consultoria, a baixa aprovação dificulta novas iniciativas arrecadatórias, como o aumento de alíquotas de impostos.

    Comparações e Perspectivas

    Embora a avaliação negativa tenha crescido, alguns parlamentares ainda veem o trabalho de Haddad de forma “regular”, especialmente na Câmara, onde essa percepção caiu ligeiramente de 25% para 23,6%. Contudo, os analistas destacam que a perda de força política pode limitar sua atuação tanto no Congresso quanto no governo.

    Esses resultados reforçam que o governo enfrentará dificuldades na obtenção de apoio para medidas econômicas, exigindo maior habilidade política e diálogo com as bases legislativas.

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