O pastor João das Graças, 54 anos, foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por feminicídio e ocultação de cadáver após confessar o assassinato de Stefany Vitória Teixeira Ferreira, uma adolescente de apenas 13 anos. A jovem foi morta em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo o delegado Marcos Rios, o caso reúne agravantes que podem aumentar a pena do acusado, como o uso de asfixia e o fato de a vítima ser menor de 14 anos, com pena mínima de 21 anos.
Os detalhes do crime
De acordo com a PCMG, Stefany saiu de casa em 9 de fevereiro para visitar uma amiga, mas nunca chegou ao destino. Testemunhas relataram ter visto a jovem tentando escapar de um carro conduzido pelo pastor na região da Lagoa do Tejuco. Relatos apontam que João das Graças perseguiu a adolescente após ela tentar fugir, forçando-a de volta ao veículo antes de cometer o crime. O corpo foi encontrado dias depois.
A postura do acusado
Durante os depoimentos, segundo o delegado, João das Graças não demonstrou remorso. Sua preocupação principal, conforme relatado, era não ser associado a um crime sexual. A polícia ainda investiga possível violência sexual, aguardando a conclusão de exames periciais. Medicação para disfunção erétil foi encontrada em posse do acusado, o que levanta suspeitas sobre suas intenções antes do assassinato.
Perfil da vítima e impacto na comunidade
Familiares e amigos descreveram Stefany como uma jovem alegre e frequentadora de igreja, bem conhecida e querida no bairro. A possibilidade de que João das Graças já apresentava comportamentos inadequados na região foi levantada por moradores, mas ainda sem confirmação oficial. A tragédia gerou grande comoção, e a comunidade pede por justiça.
Próximos passos
O pastor pode ser indiciado por mais crimes dependendo dos resultados dos laudos em andamento. O caso traz à tona a necessidade de reforçar a segurança de meninas e adolescentes e o debate sobre responsabilização de líderes religiosos que cometem crimes.