Na madrugada desta terça-feira, Guaxupé, no Sul de Minas, foi palco de um novo ataque da modalidade criminosa conhecida como Novo Cangaço. A ação ocorreu quase quatro anos após a operação policial em Varginha, que resultou na morte de 26 criminosos. Na ocasião, as polícias Rodoviária Federal (PRF) e Militar (PM) atuaram contra um grupo de assaltantes de banco, planejando um roubo para o dia seguinte.
De acordo com informações da Itatiaia, o ataque mais recente teve início por volta das 1h45, na avenida Doutor João Carlos, Centro de Guaxupé. Indivíduos armados realizaram diversos disparos de arma de fogo e usaram explosivos para invadir uma agência bancária. Até o momento, não há confirmação oficial sobre subtração de valores, aguardando perícia da Polícia Federal.
Simultaneamente à invasão da agência, criminosos atacaram a edificação do quartel da Polícia Militar e a base da Guarda Municipal. Durante a ação criminosa, um policial militar foi ferido na mão por estilhaços de vidro.
Conforme a Polícia Militar, cerca de cinco veículos foram utilizados pelos autores na execução do crime. As investigações prosseguem, com a participação de policiais militares da 18ª Região de Polícia Militar, do Comando de Missões Especiais, BOPE, e do Comando de Aviação do Estado, para localizar os envolvidos.
Histórico de ataques do Novo Cangaço na região
No dia 6 de maio de 2024, Camanducaia, também no Sul de Minas, foi alvo do Novo Cangaço. Na ocasião, criminosos fortemente armados explodiram agências do Santander e da Caixa Econômica Federal. Já em junho de 2022, assaltantes invadiram uma agência da Caixa Econômica em Itajubá usando explosivos e atacaram um Batalhão da Polícia Militar para dificultar a ação dos agentes.
A operação policial que ocorreu em 2021 em Varginha resultou na morte de 26 membros da quadrilha do Novo Cangaço, os quais eram oriundos de diferentes estados do país, incluindo Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Pará, Rondônia e São Paulo.
Em 2024, investigações da Polícia Federal levaram ao indiciamento de 23 policiais do grupo de elite da PRF e 16 do Bope, envolvidos na operação de Varginha.
