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Não punir trama golpista é incentivo para repetição, diz Barroso

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, afirma que punir crimes cometidos no dia 8 de janeiro é essencial para evitar novas tentativas de golpe contra a democracia.

Durante o painel ‘Segurança Jurídica no Brasil’, realizado em evento promovido pelo banco BTG Pactual, Barroso destacou que não julgar adequadamente os envolvidos seria um estímulo para que transgressões semelhantes voltem a ocorrer. Segundo ele, ‘quem perder da próxima vez pode achar que pode fazer a mesma coisa’.

O ministro também apontou a estabilidade entre os Poderes como uma evolução recente, apesar de desafios relacionados aos eventos de 8 de janeiro, à investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e às dificuldades econômicas. Barroso ressaltou que o papel do STF é o julgamento, citando inclusive a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, que acusa Bolsonaro e 34 pessoas de liderarem uma trama golpista com ações que remontam a 2021, culminando no ataque às sedes dos Três Poderes.

Denúncias e o impacto político

Entre as acusações, Bolsonaro é investigado por crimes como organização criminosa, tentativa de golpe de Estado e deterioração de patrimônio público. A denúncia da PGR revela um detalhado planejamento que, segundo o órgão, já estava em andamento há anos. Para Barroso, ignorar tais ações comprometeria o processo histórico de consolidação da democracia no Brasil.

Impacto na pacificação do país

Barroso alertou para o impacto político gerado pela crise, que dificulta o processo de pacificação nacional. Porém, refutou a omissão diante do planejamento de um golpe potencialmente associado até a ideias de assassinatos políticos. O evento coloca em evidência os desafios do sistema judiciário em enfrentar crises institucionais.

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