Motorista e empresa de transportes indiciados por mortes no acidente da BR-116 em Teófilo Otoni
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito sobre o trágico acidente ocorrido na BR-116, em Teófilo Otoni, que deixou 39 mortos em dezembro de 2024. O caminhoneiro Arilton Bastos Alves foi indiciado por homicídio doloso, enquanto a empresa responsável pelo transporte da carga enfrenta acusações devido a irregularidades nos documentos e excesso de peso da carga transportada.
Uso de drogas e alta velocidade como fatores principais
O condutor trafegava sob influência de cocaína e ecstasy, além de dirigir em alta velocidade. De acordo com a Polícia Civil, sua conduta foi considerada intencional, configurando homicídio doloso. Durante os depoimentos, Arilton se manteve frio e sem demonstrar arrependimento.
Fraude nos documentos e irregularidades da empresa
As investigações ainda apontaram fraude na documentação de pesagem da carga transportada pela empresa, que carregava dois blocos de quartzito totalizando 103 toneladas – valor muito acima do permitido pelas normas de trânsito.
A tragédia em números
No acidente, um ônibus de turismo com 45 passageiros foi atingido por um bloco de quartzito que se soltou da carreta, provocando um incêndio de grandes proporções. Apenas seis passageiros do ônibus sobreviveram. A Polícia Rodoviária Federal classificou a tragédia como a pior já registrada em rodovias federais no Brasil desde 2007.
Próximos passos
O inquérito foi enviado ao Ministério Público de Minas Gerais, que determinará as ações judiciais contra a empresa e o motorista. Possivelmente, o proprietário da empresa poderá ser responsabilizado criminalmente.
A tragédia de Teófilo Otoni ressalta a importância do cumprimento das normas de trânsito e da administração responsável no setor de transporte de cargas, para prevenir que incidentes como este voltem a ocorrer.