O motorista e o proprietário de uma carreta bitrem foram indiciados por 39 homicídios após um grave acidente ocorrido em 21 de dezembro de 2024 no trecho da BR-116, próximo a Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. Essa tragédia foi considerada a maior em rodovias federais desde o início do monitoramento histórico da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em 2007.
Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), os responsáveis também foram acusados por lesões corporais, sendo três graves e oito leves. As investigações apontaram diversos fatores que contribuíram para o acidente envolvendo um ônibus de passageiros, a carreta bitrem e um veículo de passeio Fiat Argo. Entre os fatores apontados estão:
- Sobrepeso: A carreta transportava 103 toneladas, ultrapassando o limite permitido em 73%.
- Velocidade acima do limite: O veículo estava a 97 km/h, enquanto o limite de segurança na via era de 62 km/h.
- Falsidade ideológica: O proprietário incluiu informações falsas na nota fiscal referente à carga transportada.
- Falta de segurança na amarração: Problemas na fixação da carga também contribuíram para a colisão.
- Uso de substâncias ilícitas: Exames indicaram o consumo de álcool, cocaína, ecstasy, além de antidepressivos e ansiolíticos pelo motorista.
O ônibus de passageiros, que transportava 39 vítimas fatais, saiu de São Paulo com destino a cidades na Bahia. No veículo de passeio estavam três passageiros, que sobreviveram. A perícia apontou que fatores como o estado da carga, alta velocidade e o comprometimento do estado do motorista foram determinantes para este trágico desfecho.
Mais informações:
- Liberação do trecho após perícia
- Pedido de habeas corpus negado para o motorista
- Detalhes do exame toxicológico do motorista
A tragédia lançou luz sobre a necessidade urgente de reforçar a fiscalização nas rodovias federais, especialmente no transporte de cargas pesadas, e destacou as graves consequências das infrações relacionadas a velocidade e segurança no trânsito.