A Justiça condenou um médico e um hospital em Uberlândia pela morte de um jovem de 20 anos após uma cirurgia para tratamento de suor excessivo. De acordo com informações do g1, o procedimento, conhecido como simpatectomia, foi realizado em 2009 para tratar hiperidrose, condição que causa suor excessivo nas axilas, pés, rosto ou mãos.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), um derramamento de sangue na cavidade torácica foi identificado como a causa da morte, ocorrida no pós-operatório. A mãe do jovem responsabilizou o médico e o hospital pelo ocorrido e, como resultado, a indenização por danos morais foi fixada em R$ 200 mil.
Recurso ao Superior Tribunal de Justiça
O médico Cezar Augusto dos Santos e o Hospital e Maternidade Santa Clara, atualmente pertencente à rede Mater Dei, recorreram da decisão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde aguardam análise. A defesa do cirurgião alegou que sua responsabilidade era “de meio”, sem obrigação de garantir o resultado da cirurgia, e que a fatalidade não poderia ser atribuída a ele. Por outro lado, a administração do hospital afirmou que a responsabilidade era apenas do médico.
Inicialmente, a Justiça determinou que a indenização fosse de R$ 100 mil, mas o valor foi aumentado para R$ 200 mil após uma revisão da decisão na segunda instância. A desembargadora Shirley Fenzi Bertão destacou a negligência do médico e a falta de uma equipe de socorro eficiente. Outros desembargadores, Rui de Almeida Magalhães e Marcelo Pereira, concordaram com a sentença final.
Em nota, o hospital informou que a ação foi movida antes de sua aquisição pela rede atual, enquanto a defesa do médico não apresentou uma resposta até o momento. O caso permanece em discussão judicial enquanto se aguarda a decisão do STJ.